Pedro Barboza Lopes, que junto com os irmãos fundou a TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina), morreu de causas naturais nesta terça-feira (2), em Londrina. Ele tinha 82 anos e deixa familiares, filhos, genro, noras, netos e uma grande rede de amigos. Foi fundador e diretor presidente da Rede P. B. Lopes | Concessionária Scania.

Imagem ilustrativa da imagem Morre um dos fundadores da Grande Londrina
| Foto: Divulgação

Nascido em 6 de janeiro de 1939, Pedro Lopes era o primogênito dos pioneiros Amélia Barbosa Lopes e José Lopez Lopez. Empresário do segmento do transporte, atuou ao lado do pai na Irmãos Lopes no tempo em que ainda era concessionária Mercedes-Benz. Também com o pai e o irmão Manoel, trabalhou na Viação Santa Amélia em São Paulo, e na VUL – Viação Urbana Londrinense, serviço de transporte coletivo na cidade de Londrina, que mudaria o nome para TCGL, anos depois.

Em 1966, a Irmãos Lopes torna-se Concessionária Scania com filiais em Maringá (PR), Cuiabá (MT) e Rondonópolis (MT). Em 1997, Pedro Barboza Lopes e os irmãos Manoel, Maria e Zeca decidem dividir os negócios e iniciar uma nova etapa.

A Rede P. B. Lopes & Cia. Ltda. inicia as atividades em 1997, herdando o comando das filiais da Scania em Londrina e Maringá. No ano 2000, a P. B. Lopes adquire os territórios de Mato Grosso do Sul e sudoeste do estado de São Paulo.

Em sua trajetória voltada para o transporte, Pedro Barboza Lopes foi presidente da Assobrasc (Associação Brasileira dos Concessionários Scania), foi diretor da Sociedade Rural do Paraná, presidente do Londrina Country Club, além de realizar diversas atividades filantrópicas no extinto Mobral, e também no Lar Anália Franco, na Casa do Caminho e no Hospital do Câncer de Londrina.

O texto assinado por sua família comunicando a morte de Lopes traz a seguinte frase; "Papai sempre foi um amante da vida, com energia para dar e vender, persistente e obstinado como poucos. Vai para outra dimensão com a alma leve, certo de ter deixado um legado de trabalho, força, entusiasmo e energia. Nunca foi afeito a homenagens póstumas e pretendemos respeitar sua vontade. Sendo assim não haverá velório e o sepultamento será apenas para os familiares mais próximos."

A Sociedade Rural do Paraná publicou em seu site a informação do falecimento do empresário. "Seu Pedro era sócio da SRP desde 1969, já foi diretor da entidade, nos deixa aos 82 anos e em sua trajetória, pessoal e familiar, em muito contribuiu com o agro, com o setor de transportes e atividades filantrópicas. "

"Pedro Lopes é pai do ex-presidente da Sociedade Rural, Gustavo de Andrade Lopes, tio do também ex- presidente, Alexandre Lopes Kireeff e irmão da ex-diretora Maria Lopes Kireeff. Ele deixa também os filhos, sócia da SRP, Daniela e ex-sócio, Rodrigo, além de genro, noras e netos."

O presidente executivo Assobrasc (Associação Brasileira dos Concessionários Scania), Luiz Carlos Taoni Neto, destacou que Pedro Lopes foi fundador e dirigiu a Assobrasc. "Ele foi presidente do conselho e participou de inúmeras comissões técnicas comerciais. Conduziu negociações de melhorias da marca e foi sempre uma pessoa de grande importância para nós", destacou. Segundo ele, Lopes sempre foi muito ponderado, e tinha uma personalidade muito altiva. "Nas reuniões ele conseguia ser firme e amável ao mesmo tempo. Ele era firme com os seus propósitos sem desmerecer ninguém na mesa, por mais que a outra pessoa tivesse cargo elevado ou subalterno. Sempre foi objetivo e deixa uma lacuna enorme. Acompanhei o senhor Pedro nos últimos anos e legado que ele deixa é muito grande", destacou Taoni Neto.

O Londrina Country Club também emitiu uma nota de falecimento de Lopes. "Com extremo pesar comunicamos o falecimento do ex-presidente do Londrina Country Club, Sr. Pedro Barbosa Lopes, gestão de 1972- 1974, responsável por grandes melhorias na estrutura de nosso clube. Externamos aos amigos e familiares os nossos sinceros sentimentos."

Mara Rosival Fernandes, gestora de ações estratégicas do Hospital do Câncer de Londrina, afirmou que Pedro Barboza Lopes sempre foi um cidadão londrinense que deu orgulho. “Foi uma pessoa ímpar e apoiou o Hospital do Câncer, assim como toda a família. Era uma pessoa que a gente sabia que a gente podia contar nos momentos difíceis. Londrina perdeu uma pessoa benemérita, um grande cidadão, que fez da vida um exemplo. E o que tem de valor na vida são os exemplos. Tinha uma grande vitalidade e era uma liderança na cidade”, destacou Fernandes. Ela elogiou a família, que sugeriu que as homenagens não fossem feitas em coroas de flores, mas em doações ao HCL.