Mesmo sem a folia nas ruas, o carnaval deste ano deverá movimentar R$ 6,45 bilhões em receitas em todo o país. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que projeta um volume financeiro 21,5% maior do que em 2021. Porém, 33,7% inferior ao observado no carnaval de 2020, quando a pandemia ainda não havia sido decretada. Com o aumento do número de casos de Covid-19 pela variante Ômicron, a maior parte das capitais estaduais e prefeituras decidiu cancelar as festas de Carnaval deste ano.

Ainda assim, o segmento de alimentação fora do domicílio, como bares e restaurantes, deverá movimentar R$ 2,78 bilhões, seguido pelas empresas de transporte de passageiros rodoviário (R$ 1,55 bilhão) e pelos serviços de hospedagem em hotéis e pousadas (R$ 0,66 bilhão), cuja receita é parcialmente realizada de forma antecipada. Juntos, estes três segmentos responderão por mais de 84% de toda a receita gerada no período.

Embora, oficialmente, o carnaval não seja um feriado nacional, independentemente dos eventos tradicionais que, em sua maioria, foram adiados ou cancelados neste ano, a decretação desse feriado ou ponto facultativo em níveis regionais movimenta os serviços turísticos. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), apesar do cancelamento do carnaval de rua no litoral paranaense, o comércio local terá aumento expressivo no movimento de turistas que aproveitarão os dias de folga no trabalho para visitar as praias do Paraná.

LEIA TAMBÉM:
- Tecnologia, gastronomia e diversão marcam a volta da ExpoLondrina

- Carreta do Senac oferece cursos de capacitação em Primeiro de Maio

“Como se trata de uma situação que ocorre na maior parte dos estados e municípios litorâneos do país, esperamos uma movimentação menor do que a prevista, porém superior ao carnaval de 2021, já que hoje a maior parte da população está totalmente vacinada e as pessoas em boas condições de saúde aproveitam o período para viajar, sendo os destinos de sol e praia os mais procurados”, afirma o coordenador da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio PR e vice-presidente do Conselho Paranaense de Turismo (Cepatur), Giovanni Diego Bagatini. Para ele, as atrações carnavalescas de rua, quando são realizadas, potencializam a demanda. Contudo, como outros destinos brasileiros têm tomado ações similares, essa diferenciação de demanda deverá ter um impacto menor e o comércio e serviços ainda serão beneficiados com os dias de carnaval.

“O comércio e os setores hoteleiro e de bares e restaurantes serão estimulados com o carnaval, sempre respeitando os decretos municipais no atendimento à comunidade local e aos turistas que visitarão o litoral paranaense. Com a manutenção das medidas sanitárias adequadas, esse período deve atrair grande número de turistas, mesmo sem o carnaval de rua”, reitera Bagatini. (Com informações da Fecomércio-PR)

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.