MERCADO FINANCEIRO
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Dólar
O dólar avançou ontem ao nível de R$ 3,34 no mercado à vista, a despeito de uma atuação menor do Banco Central através do leilão de swap cambial reverso. No segmento à vista, o dólar fechou aos R$ 3,3415, em alta de 0,79%, maior nível desde 7 de julho, quando terminou em R$ 3,3617. O avanço foi alimentado por uma possível redução de liquidez no exterior e por preocupações com o andamento do ajuste fiscal no Brasil. O posicionamento mais defensivo no câmbio local foi intensificado pela queda de quase 3% nos contratos futuros de petróleo e incertezas com a disputa eleitoral no Estados Unidos.
Swap reverso
O Banco Central vendeu ontem o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso colocado em leilão, em um total de US$ 250 milhões. O volume foi menor do que os 10 mil contratos que vinham sendo ofertados pelo BC nas últimas semanas. Essa diminuição do lote ocorreu em meio a forte movimentação no mercado global de moedas. Como pano de fundo para a instabilidade está a aproximação da reunião de política monetária do Federal Reserve, na semana que vem, e possível redução da liquidez fornecida pelos principais bancos centrais do mundo.
Bovespa
A Bovespa enfrentou instabilidade, mas acabou por recuperar ontem uma pequena parte da perda de 3,01% da véspera. O Índice Bovespa fechou em alta de 0,42%, aos 57 059,46 pontos, com R$ 6,7 bilhões em negócios. O noticiário do dia foi escasso, o que manteve os investidores concentrados nas preocupações com o ritmo lento de crescimento da economia global, a poucos dias das reuniões do Federal Reserve e do Banco do Japão.
Petrobras
As ações da Petrobras fecharam com ganhos de 0,88% (ON) e de 0,77% (PN), apesar de uma nova rodada de queda dos preços do petróleo. Esses papéis haviam caído anteontem 7,61% e 6,74%, respectivamente. A recuperação, na contramão da desvalorização da commodity, é favorecida pelo noticiário mais favorável à companhia nas últimas semanas, principalmente no que diz respeito ao plano de desinvestimento.
Taxas de juros
Os juros futuros terminaram a sessão em queda, acompanhando o movimento das taxas dos Treasuries (títulos dos EUA), mas de forma bem mais moderada diante da piora das commodities, das bolsas e da alta firme do dólar ante o real. Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) em janeiro de 2018 (147.965 contratos) encerrou em 12,63%, de 12,68% no ajuste de ontem. A taxa do DI janeiro de 2019 (258.035 contratos) caiu de 12,17% para 12,10%. O DI janeiro de 2021 (273.790 contratos) fechou em 12,20%, de 12,26%. O DI janeiro de 2023 (65.875 contratos) passou de 12,44% para 12,42%.