Desceu
IBOVESPA

Subiu
DÓLAR

Ibovespa
A queda do Ibovespa ao menor nível desde o início de outubro de 2011, na última sexta-feira, era um atrativo natural para a recomposição de preços na sessão de ontem. Mas esse não foi o caminho trilhado pela bolsa brasileira. O índice registrou muita volatilidade e, apesar de estar sobrevendido com a queda recente, continuou refém do desempenho das bolsas norte-americanas e da falta de atrativos para a compra. Vale e siderúrgicas, por causa de dados da China, caíram forte e pesaram, apesar da alta de OGX e Petrobras.

Em baixa
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 0,59%, aos 51.316,65 pontos, e renovou o menor patamar desde 7 de outubro de 2011 (51.243,62 pontos). Na mínima, registrou 51.160 pontos (-0,89%) e, na máxima, 51.836 pontos (+0,42%). No mês, acumula perda de 4,09% e, no ano, de 15,81%. O giro financeiro totalizou R$ 6,203 bilhões. "O recuo na última sexta-feira acabou colocando o índice de força relativa num patamar que mostra uma Bolsa sobrevendida. Isso chama compras. Mas, mesmo assim, a Bovespa teima em não andar", comentou um operador.

Alerta
Um outro profissional comentou que os papéis que subiram hoje tiveram um movimento de recomposição de preços justamente por causa do recuo recente, como OGX e Petrobras. Mas advertiu que a Bolsa ainda segue colada em Wall Street e desmotivada por razões domésticas, "como erros do governo e desempenho da economia", entre outros.

EUA
A mudança da perspectiva do rating norte-americano pela mesma S&P, de negativa para estável, não chegou a entusiasmar Wall Street, que fechou praticamente no zero a zero. O Dow Jones teve desvalorização de 0,06%, aos 15.238,59 pontos, o S&P recuou 0,03%, aos 1.642,81 pontos, e o Nasdaq subiu 0,13%, aos 3.473,77 pontos.

China
Do mercado externo, destaque para os dados da China, que penalizaram Vale e siderúrgicas. No fim de semana, Pequim anunciou indicadores que mostram que a atividade econômica chinesa ainda sofre com a fraqueza global. E que pesou para os agentes foram os dados de comércio exterior.

Destaques
Vale ON recuou 1,01% e PNA, 1,58%. Gerdau PN caiu 1,88%, Metalúrgica Gerdau PN, -1,86%, Usiminas PNA, -1,94%, e CSN ON, -1,63%. Petrobras perdeu fôlego na reta final da sessão e acabou terminando em +0,62% na ação ON e em +0,21 na PN. O mesmo aconteceu com OGX, que subiu 4,03%, bem menos do que os 8,87% registrados na máxima da sessão.

Câmbio
O dólar voltou a fechar ontem em alta ante o real, a despeito das medidas mais recentes do governo para atrair capital externo e das atuações do Banco Central (BC). Pouco depois do meio-dia, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 2,16 no mercado à vista de balcão, intensificando as preocupações com a inflação, o que fez o BC anunciar, em sequência, dois leilões de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro). Com as operações, a autoridade monetária conseguiu segurar o avanço da moeda americana, mas apenas momentaneamente.

Maior desde 2009
No fim do dia, o dólar à vista fechou com elevação de 0,56%, cotado a R$ 2,1480. Este é o maior patamar desde 30 de abril de 2009, quando a moeda encerrou em R$ 2,1880. No ano, a moeda acumula alta de 5,04% ante o real.

Juros
Ao término da negociação regula na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em outubro de 2013 (29.375 contratos) estava na máxima de 8,27%, de 8,22% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2014 (166.835 contratos) apontava 8,64%, também na máxima, ante 8,58% na sexta-feira. No trecho intermediário e longo da curva de juros, o juro com vencimento em janeiro de 2015 (320.545 contratos) indicava máxima de 9,41%, ante 9,23% no ajuste. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (216.315 contratos) marcava máxima de 10,30%, de 10,00% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 (25.305 contratos) estava em 10,80%, ante 10,46% no ajuste anterior.

(Agência Estado)