Consecutivo

A Bovespa registrou ontem seu terceiro pregão consecutivo em alta, favorecida pela ata da última reunião do Fomc, divulgada nos EUA, e também por um movimento de final de mês no qual os agentes tentam melhorar a performance de suas carteiras. O índice recuperou os 55 mil pontos e fechou no melhor nível desde o início do mês.

No positivo

O Ibovespa terminou o dia com variação positiva de 0,96%, aos 55.385,03 pontos, melhor nível desde 3 de agosto (56.017,22 pontos). Nestes três dias no azul, o índice subiu 4,59%. No mês, entretanto, ainda acumula perda, de 5,84%. Em 2011, a queda é de 20,08%. O giro financeiro totalizou R$ 5,229 bilhões.

Na trégua

Segundo os especialistas, muitos gestores estão aproveitando a trégua externa para melhorar o desempenho de suas carteiras nesse fechamento de mês. Agosto começou muito mal e chegou a cair 17,26% em seu pior momento, mas, aos poucos, boa parte das perdas foi devolvida.

Reflexo

O desempenho da Bovespa ontem também refletiu a ata da última reunião do Fomc, que fez as bolsas em Wall Street abandonarem as perdas e subirem. O documento mostrou a discussão dos integrantes do Fomc sobre as ferramentas disponíveis para estimular a economia, entre elas o QE3.

Necessário

Os indicadores econômicos ruins indicam que essa ajuda pode ser mesmo necessária. Hoje, o índice de confiança do consumidor dos EUA medido pelo Conference Board despencou para 44,5 em agosto, de 59,2 em julho e ante previsão de 52. A leitura de agosto é a mais fraca desde abril de 2009. O Dow Jones fechou em alta de 0,18%, aos 11.559,95 pontos, o S&P avançou 0,23%, aos 1.212,92 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,55%, aos 2.576,11 pontos.

No Brasil

No Brasil, Petrobras ON ficou estável e a PN subiu 0,29%. Na Nymex, o contrato do petóleo para outubro ficou 1,87% mais caro, a US$ 88,90 o barril, estimulado pela ata do Fomc e pela possibilidade de um novo conflito no Oriente Médio. Vale ON encerrou com ganho de 0,23% e a PNA, de 0,68%.

Câmbio

No fechamento, o dólar à vista caiu 0,25%, para R$ 1,5880 no balcão, e cedeu 0,39%, a R$ 1,5856 na BM&F. Em três dias, o dólar balcão recuou 1,37%. No mês, acumula alta de 2,25%. Até 16h42, o giro registrado na clearing de câmbio somava US$ 2,592 bilhões, (US$ 1,829 bilhão em D+2).

No futuro

No mercado futuro, nesse mesmo horário, o dólar setembro 2011 recuava 0,38%, para R$ 1,5860, e o dólar outubro 2011 recuava 0,47%, a R$ 1,5960. Do total de US$ 14,589 bilhões movimentados com seis vencimentos negociados, esses dois vencimentos mais líquidos registravam, respectivamente, giros de US$ 12,635 bilhões e US$ 1,572 bilhão.

Leilão

No leilão de swap reverso, o Banco central vendeu 13 mil contratos, com dois vencimentos e volume financeiro total de US$ 646,2 milhões. Amanhã, estarão vencendo 37.400 contratos de swap reverso (ou cerca US$ 1,870 bilhão). A autoridade monetária também fez, à tarde, um leilão de compra de dólar à vista, no qual fixou a taxa de corte em R$ 1,5856.

Misto

Em Nova York, o dólar mostra comportamento misto, sobe ante o euro e o franco suíço, mas recua em relação ao iene, entre outras divisas. Às 16h58, o euro valia US$ 1,4455, de US$ 1,4510 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 76,67 ienes, de 76,84 ienes na véspera, e subia a 0,8199 franco suíço, de US$ 0,8160 franco suíço ontem.

Juros

O DI outubro de 2011 marcava 12,265%, de 12,25% no ajuste de segunda-feira e depois de bater na mínima de 12,23%, com forte giro de 1.221.040 contratos. Esse número de negócios, segundo profissionais de renda fixa, reflete a indecisão do mercado em relação ao encontro do Copom que começou ontem. O DI janeiro de 2012 (590.170 contratos) indicava 11,92%, nivelado ao ajuste. O DI janeiro de 2013 (322.815 contratos) projetava 11,13%, de 11,11% no ajuste. Nos longos, o DI janeiro de 2017 (49.815 contratos) estava em 11,33%, de 11,17% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2021 (11.795 contratos) estava em 11,27%, de 11,12% no ajuste.
(Agência Estado)