Volátil
A Bovespa subiu depois de dois pregões em queda, mas a alta foi conquistada num dia de volatilidade. A baixa de 1,12% da véspera, dia em que o Dow Jones subiu e voltou a fechar nos 11 mil pontos - o que não acontecia desde setembro de 2008 -, acabou parcialmente compensada com o ganho de ontem, superior ao registrado em Wall Street. Os papéis da Petrobras continuaram a pesar negativamente sobre o índice, enquanto Vale foi o contrapeso de alta. Mas o destaque foram as ações do Pão de Açúcar.

Ibovespa
O Ibovespa subiu 0,25% e fechou nos 70.792,40 pontos. Na mínima do dia, registrou 70.169 pontos (-0,63%) e, na máxima, os 71.053 pontos (+0,62%). No mês, registra elevação de 0,60% e, no ano, de 3,21%. O giro financeiro totalizou R$ 5,574 bilhões.

Alcoa
O noticiário externo reservou ontem dados positivos e outros nem tanto. A demanda pelos bônus gregos foi maior do que a prevista, mas os números trimestrais da Alcoa decepcionaram. A agenda, no entanto, só ganha força hoje e os investidores preferiram esperar para ver, daí o comedimento do desempenho dos papéis.

Balança comercial
As bolsas norte-americanas reagiram inicialmente em queda aos dados referentes à balança comercial do país, que apresentou déficit acima do esperado em fevereiro, de US$ 39,70 bilhões. Depois do desgosto, os especialistas começaram a olhar o resultado com bons olhos, já que ele sinalizou que o consumo nos EUA está se aquecendo. Assim, as bolsas viraram para cima e assim se mantiveram até o final, embora sem entusiasmo. O Dow Jones terminou o dia em alta de 0,12%, aos 11.019,42 pontos. O S&P subiu 0,07%, aos 1.197,30 pontos e o Nasdaq avançou 0,33%, aos 2.465,99 pontos.

Blue Chips
No Brasil, as blue chips comportaram-se novamente como uma gangorra. Petrobras seguiu em baixa, ainda reagindo às declarações de seu presidente, José Sérgio Gabrielli, que demonstrou preocupação com o prazo da capitalização da empresa. Para ajudar, o petróleo também recuou: 0,34%, a US$ 84,05 no contrato para maio negociado na Nymex. Petrobras ON terminou em baixa de 0,44% e Petrobras PN, 0,58%. Vale fechou na contramão dos metais ao subir 0,80% na ON e 0,39% na PNA.

Pão de Açúcar
O destaque do dia ontem ficou com Pão de Açúcar, com as notícias de que a união com a Casas Bahia está ameaçada. Pão de Açúcar PNA caiu 4,98%, a maior do Ibovespa.

Câmbio
Depois da forte queda de quase 1% anteontem, que levou a moeda ao piso psicológico de R$ 1,75, o câmbio oscilou ontem sem direção definida e fechou na estabilidade, em um comportamento que destoou daquele visto nos demais ativos. Além disso, o movimento também não foi unânime entre as moedas, já que o euro opera em alta e o dólar sobe fortemente ante o iene, por motivos locais.

BM&F
O pronto da BM&F fechou a R$ 1,7595, alta de 0,07%, enquanto no balcão a moeda fechou estável, a R$ 1,7570, depois de oscilar entre a máxima de R$ 1,7680 e a mínima de R$ 1,7550. Neste mês de abril, o dólar acumula perda de 1,35%, mas em 2010 ainda tem apreciação, de 0,80%. O giro financeiro foi um pouco menor que ontem nas operações com liquidação em dois dias (D+2), de US$ 2 bilhões perto das 16 horas, segundo a Renascença Corretora, ante os US$ 3,3 bilhões de anteontem.

Euro
Perto das 16h10, o euro era negociado a US$ 1,3595, de US$ 1,3584 no final da tarde de anteontem em Nova York. Frente à divisa japonesa, o dólar operava em forte queda como reflexo à notícia de que um documento do partido político que comanda o país sugeriu apreciação do dólar para até 120 ienes, ante o atual patamar de 93 ienes em que ele se encontrava. O documento ainda não oficial dos legisladores diz que o governo e o banco central deveriam tomar ''medidas drásticas'' de política monetária para lidar com os riscos de deflação. No final da tarde de ontem, o dólar valia 93,14 ienes, de 93,26 anteontem.

Juros
Os juros futuros retornaram ao campo positivo ontem, após encerrarem a sessão anterior entre a queda e a estabilidade. A agenda foi fraca de eventos e indicadores, mas o mercado teria aproveitado os dados da pesquisa de emprego industrial da Fiesp para elevar os prêmios. Ao término da negociação normal da BM&F, o volume de contratos negociados era robusto. O DI janeiro de 2011 (417.045 contratos) projetava 10,57%, de 10,52% no ajuste de anteontem; o DI julho de 2010 (234.270 contratos) subia a 9,339%, de 9,31% anteontem; e o DI janeiro de 2012 (127.925 contratos) avançava a 11,80%, de 11,74% anteontem.

Em baixa
Os principais mercados de ações da Europa fecharam em baixa ontem, depois de o resultado financeiro da Alcoa ter vindo aquém do esperado pelos analistas, apesar de as fortes vendas da LVMH terem ajudado o setor de itens de luxo. Perdas registradas nos mercados de petróleo e ouro prejudicaram o desempenho dos papéis de importantes mineradoras e companhias energéticas.
(Agência Estado)