Bovespa subiu
Dólar desceu

Em queda


As cotações da moeda americana recuaram durante todo o expediente de ontem, na direção inversa da alta registrada nas Bolsas de Valores, com a recuperação dos preços das commodities (sob influência do enfraquecimento do dólar). O dólar comercial foi vendido por R$ 1,728, em queda de 0,23%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,732 e R$ 1,718. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,840, alta de 0,54%.

Marca histórica

Na praça financeira londrina, a onça do ouro superou a marca histórica de US$ 1.170 ontem, enquanto o euro chegou a ser cotado acima de US$ 1,50, com a divulgação que apontou a expansão do nível de atividade do setor privado nos 16 países que usam essa moeda.

Em casa

Entre as principais notícias domésticas, o boletim Focus, do Banco Central, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro projeta um crescimento de 5% para o PIB do país em 2010, mesmo número da semana anterior. As projeções para a inflação oficial (IPCA) de 2010 subiram ligeiramente, de 4,41% para 4,43%. Para este ano, a previsão foi mantida em 4,26%. A meta do governo é uma inflação de 4,5% neste ano e no próximo. As estimativas para a taxa de câmbio foram mantidas em R$ 1,70, para dezembro próximo, e R$ 1,75, para dezembro do ano que vem.

Balança comercial

O Ministério do Desenvolvimento apontou que a balança comercial teve superavit de US$ 345 milhões na terceira semana de novembro (entre os dias 16 e 22). No acumulado deste ano, o saldo é positivo em US$ 22,962 bilhões, ante um resultado de US$ 21,908 bilhões no mesmo período de 2008.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro nos bancos, rebaixou ligeiramente as taxas projetadas nos contratos de mais longo prazo. No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista cedeu de 9,67% ao ano para 9,66%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada recuou de 10,18% para 10,17%. Essas taxas são preliminares e podem sofrer ajustes.

Em alta

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) quase encerrou o dia em seu maior ''preço'' deste ano, mas perdeu fôlego perto do fechamento do pregão de ontem. A alta das commodities (matérias-primas), o que favorece algumas das principais empresas brasileiras com ações na Bolsa, foi um dos fatores citados. Mas também foi importante o otimismo com a economia americana e europeia.

Subida

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 0,73% no fechamento, aos 66.809 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,19 bilhões, abaixo da média do mês (R$ 6,84 bilhões). Ainda operando, a Bolsa de Nova York valoriza 1,05%. Na praça londrina, referência para os preços internacionais do ouro, a commodity chegou a ser cotada no valor histórico de US$ 1,170 a onça no decorrer o dia.

Influências

''O pregão foi muito influenciado pelo mercado de Nova York, que subiu bem hoje (ontem). Amanhã (hoje), devemos ter um dia um pouco nervoso, por causa dos números que serão divulgados nos EUA (PIB do terceiro trimestre), mas acho que eles não devem vir tão feios como muita gente pensa'', comenta Fábio Prandini, profissional da mesa de operações da corretora Elite.

Notícias

Entre as principais notícias do dia, a (Associação Nacional de Corretores de Imóveis, na sigla em inglês) reportou que as vendas de casas nos EUA cresceram 10,1% em outubro, surpreendendo os analistas e atingindo o nível mais desde fevereiro de 2007. Os investidores também se animaram com os especialistas da Nabe (Associação Nacional de Economia Empresarial, na sigla em inglês) melhoraram suas projeções para o crescimento dos EUA em 2010: de 2,6% para 2,9%.

Lá fora

Ainda no front externo, a empresa de pesquisa Markit verificou uma expansão no nível de atividade da economia dos 16 países que compõem a zona do euro não visto há dois anos. O chamado índice PMI (Índice de Atividade de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) teve leitura de 53,7 pontos neste mês, ante 53 em outubro.

Na Europa

As principais bolsas europeias fecharam em forte alta nessa segunda-feira, com as ações de companhias de mineração liderando os ganhos diante da alta do ouro para novo nível recorde e queda do dólar frente outras moedas. Além disso, o dado de vendas de imóveis residenciais usados nos EUA veio muito mais forte que o esperado, o que deu aos mercados de ações um impulso adicional de alta no final da sessão, segundo Nick Serff, do City Index. E as especulações com relação aos inúmeros interessados em adquirir a fabricante de chocolates Cadbury também contribuíram para dar suporte ao sentimento positivo.

Das agências