Bolsa (subiu)
Dólar (desceu)


Mercado celebra a divulgação dos primeiros pontos do projeto da reforma


Bolsa dispara e fecha em alta de 2,27%, aos 98.015,09


O mercado doméstico de ações celebrou a divulgação dos primeiros pontos do projeto da reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro e levou o Ibovespa a subir mais de 2% e retomar o nível dos 98 mil pontos nesta quinta-feira (14). O Ibovespa fechou em alta de 2,27%, aos 98.015,09 pontos. Os papéis PN da Petrobras, já em alta com o petróleo, avançaram 3,45%. Até mesmo a Vale, que passou a maior parte do dia no vermelho, ganho fôlego e subiu 0,37%. No bloco financeiro, o Banco do Brasil, único papel em alta desde o início do dia com a divulgação de resultados, liderou os ganhos (+5,11%). Outros gigantes do setor também fecharam em forte alta: Bradesco (+3,81%) e Itaú (2,66%).


Proposta da idade mínima mostra força do ministro

Depois de uma manhã no vermelho, o índice passou a subir com o início da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e outros expoentes do primeiro escalão. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou que o presidente aprovou a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, com período de transição de 12 anos. Segundo Luiz Roberto Monteiro, operador da corretora Renascença, o fato de a idade mínima não ter sido estabelecida na faixa inferior mostrou que Paulo Guedes mantém seu prestígio com o presidente. "O mercado comprou Guedes, e não Bolsonaro. E essa idade mínima mostra que Guedes tem força", afirmou.


Dólar amplia o ritmo de queda e bate sucessivas mínimas


Os primeiros pontos da reforma da Previdência divulgados pelo governo agradaram aos investidores do mercado de câmbio e o dólar ampliou o ritmo de queda, bateu sucessivas mínimas perto do fechamento e terminou em R$ 3,7198 (-0,89%). As mesas de câmbio passaram o dia focadas na reforma, mas também sem descolar dos eventos no exterior. Em dia de forte volume de negócios, o dólar subiu pela manhã e chegou a superar R$ 3,79 com preocupações de que a crise envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, possa comprometer o avanço da reforma. Pela tarde, a moeda americana começou a cair já na expectativa da reunião entre Jair Bolsonaro e os ministro.


Juros futuros têm trajetória de baixa
A perspectiva de que o texto da reforma da Previdência seria fechado e divulgado ainda na quinta-feira, colocou os juros futuros em trajetória de baixa na última hora da sessão regular, renovando mínimas. No fechamento da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 6,415%, estável ante o ajuste de quarta, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 7,061% para 7,00%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 8,12%, de 8,182%. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou em 8,66%, de 8,722%.