| |

Economia 5m de leitura

Marinho diz que governo foi incapaz de comunicar sobre PL de aplicativos

Projeto de regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativos virou alvo de críticas da categoria e de congressistas

ATUALIZAÇÃO
17 de abril de 2024

Victoria Azevedo - Folhapress
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Marinho diz que governo foi incapaz de comunicar sobre PL de aplicativos

Brasília - O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (17) que o governo Lula (PT) foi "incapaz" de comunicar sobre o conteúdo do projeto de lei do projeto de regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativos, que virou alvo de críticas da categoria e de congressistas.

"Peço encarecidamente para a gente olhar o conteúdo do projeto de lei. Porque eu tenho debatido com trabalhadores, grupos pequenos, para entender um pouco qual a resistência. Compreendi que ela vem pela desinformação e a nossa incapacidade, do governo, de comunicar corretamente qual o conteúdo do projeto para o conjunto da sociedade, em particular para os motoristas", afirmou Marinho.

A proposta foi apresentada em março após um ano de debate. Membros do Planalto também criticaram a maneira como ela foi divulgada e avaliaram que a proposta acabou gerando desgastes desnecessários ao Executivo. Isso porque a matéria era uma promessa de campanha de Lula e um aceno do petista aos trabalhadores, cuja categoria é mais alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aliados de Marinho vinham minimizando as críticas, afirmando que há muita desinformação compartilhada nas redes sociais sobre o projeto.

As declarações de Marinho ocorrem num momento em que há pressão de motoristas contra a proposta do governo e após uma derrota do ministro na semana passada, quando foi retirada a urgência do projeto –com a urgência constitucional, os deputados precisam deliberar sobre o tema em 45 dias. Caso contrário, a pauta da Casa é travada.

Se o texto fosse à votação, no entanto, provavelmente o governo seria derrotado.

Com a retirada da urgência, foi firmado um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que a proposta seja debatida em três comissões (durante 20 dias em cada uma) para ser apreciada em plenário antes do recesso parlamentar.

Nesta quarta, Marinho sinalizou aos parlamentares que o texto pode sofrer alterações no Congresso e que o governo não tem pretensões de que o projeto "saia do mesmo jeito que entrou".

Ele também fez um gesto aos motoristas, afirmando que, uma vez aprovada a proposta, o Executivo poderá discutir oferecer a eles "algo parecido com o que os taxistas têm", como, por exemplo, linhas de crédito para compra de veículos.

Nesta quarta, representantes dos trabalhadores participaram de comissão geral no plenário da Casa para discutir o projeto.

Esse conteúdo é restrito para assinantes...
Faça seu login clicando aqui.
Assine clicando aqui.

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS