O presidente do Makro Atacadista S/A, Sérgio Giorgetti confirmou ontem em Londrina a reabertura no início de março da unidade Londrina/Cambé, às margens da BR-369, em Cambé. Segundo Giorgetti, as mudanças na política cambial não alteraram o cronograma de crescimento do Makro para 99, que prevê investimentos de US$ 50 milhões na abertura de novas unidades em Natal (RN) e Cuiabá (MT). A reabertura da unidade Cambé/Londrina receberá investimentos de R$ 2,8 milhões, e irá abrir 50 novos postos de trabalho. ‘‘Estas mudanças aumentam ainda mais nossa responsabilidade em relação ao País. Acreditamos que o Brasil vai superar esta crise’’, disse.
Giorgetti disse que a unidade do Makro será reaberta com um novo enfoque, voltada especificamente para os ‘‘compradores profissionais’’, como pequenos varejista, restaurantes, lanchonetes, hotéis, hospitais. O presidente da Makro observou que a loja, que foi fechada há cerca de quatro anos, trabalhava com um enfoque ‘‘errado’’, atendendo também consumidores finais. ‘‘Nós nos comparávamos aos supermercados, e vimos que este não é o nosso ramo’’, afirmou.
Dentro deste novo enfoque, o Makro já iniciou o trabalho de cadastramento do compradores profissionais. Segundo o gerente geral da unidade de Cambé/Londrina, Wilton Serafim de Menezes, em quatro dias, a equipe de 24 pessoas cadastrou 1,5 mil clientes. ‘‘Estimamos um mercado de 18 mil compradores potenciais em um raio de 100 km de Londrina’’, disse Menezes.
A nova política do Makro, segundo Giorgetti, visa suprir a dificuldade que os pequenos varejistas têm em se abastecer diretamente com os fabricantes. Ele disse que com a chegada das grandes redes de supermercados ao Brasil, os pequenos comerciantes deixaram de ser interessantes para o fabricantes por comprarem pequenas quantidades. ‘‘Para atender a este público, o Makro trabalha com embalagens menores. Desta forma, os compradores profissionais podem comprar um mix de produtos que não poderiam se fossem adquirir diretamente dos fabricantes’’, observou.
O Makro trabalha com uma linhas de mais de 26 mil itens, sendo que mais de 500 são comercializados com a marca própria Aro. Giorgetti disse que os produtos com embalagens institucionais ficam entre 10% e 12% em média mais baratos. ‘‘Os preços são menores porque os produtos não trazem embutidos em seus custos os gastos em propaganda e marketing’’, explicou.
Com 26 unidades em funcionamento em todo o Brasil, o Makro, grupo de capital aberto, é de origem holandesa. Giorgetti não divulgou os resultados do ano passado por não terem sido concluídos os trabalhos de auditoria da empresa.