A maioria dos índices acionários de referência na Europa fechou em queda nesta quinta-feira - as bolsas de Milão e Lisboa foram exceção -, em meio à divulgação de diversos balanços corporativos, ao anúncio de uma fusão entre a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e o grupo PSA e de olho, também, em sinais de ceticismo de autoridades da China com a possibilidade de assinar um acordo comercial abrangente e de longo prazo com os Estados Unidos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve baixa de 0,49%, aos 396,75 pontos.

Apesar de ter registrado prejuízo líquido de 179 milhões de euros no terceiro trimestre, a Fiat Chrysler viu suas ações saltarem 8,22% na bolsa de Milão, a 13,928 euros, após o anúncio de fusão com o grupo PSA, fabricante das marcas Peugeot (-12,86% em Paris, a 22,70 euros) e Citroën.

Esse fator ajudou o FTSE MIB, da bolsa de Milão, a destoar da maioria dos seus pares, fechando em alta de 0,21%, aos 22.693,77 pontos. Houve também o crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, superando a expansão de 0,1% prevista por analistas.

O CAC 40, do mercado acionário parisiense, desceu 0,62%, aos 5.729,86 pontos. O BNP Paribas, maior banco francês em ativos, registrou lucro líquido de 1,94 bilhão de euros (US$ 2,16 bilhões) no terceiro trimestre, 8,8% menor que o ganho de 2,12 bilhões de euros apurado em igual período de 2018. A ação do banco caiu 0,26%, a 46,81 euros.

A Royal Dutch Shell registrou lucro com base nos custos de reposição de US$ 6,08 bilhões no terceiro trimestre, 9,2% maior que o ganho de US$ 5,57 bilhões apurado no mesmo intervalo de 2018. Mas encerrou com desvalorização de 4,12% na bolsa de Londres, a 22,33 libras. O FTSE 100 recuou 1,12%, aos 7.248,39 pontos.

Em Frankfurt, o DAX 30 desceu 0,34%, aos 12.866,79 pontos, enquanto em Madri o Ibex 35 cedeu 0,29%, aos 9.257,50 pontos. O PSI 20, da bolsa de Lisboa, subiu 0,17%, aos 5.119,62 pontos.

A série de resultados corporativos se deu ante um pano de fundo de dúvidas lançadas por autoridades chinesas sobre a formalização de um acordo de longo prazo com os Estados Unidos, uma vez que sinalizam não estarem dispostas a ceder em pontos-chave reivindicados por Washington e, por outro lado, não estão seguras de que o presidente americano, Donald Trump, marcado por decisões muitas vezes imprevisíveis, manterá os compromissos assumidos com o governo de Xi Jinping.