Os efeitos adversos da pandemia e os fatores climáticos desfavoráveis ao longo de todo o ano passado, com estiagens prolongadas e períodos de frio extremo, não impediram um ano de resultados além do esperado para a Coamo Agroindustrial Cooperativa. A alta dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional compensou as perdas e o ano de 2021 registrou avanços expressivos nos números contábeis da empresa, com incremento de 23,3% no faturamento global, chegando a R$ 24,66 bilhões, e aumento de 65,4% de sobra líquida, totalizando R$ 1,835 bilhão. Após a dedução estatutária, R$ 689 milhões serão distribuídos aos 30 mil associados, valor 36,9% maior do que o computado em 2020.

Imagem ilustrativa da imagem Lucro da Coamo cresce 65% e chega a R$ 1,83 bi em 2021
| Foto: Divulgação

“A Covid-19 foi um desastre, morreram cooperados e funcionários. Tivemos frustrações com a quebra das safras de soja e de milho, com quase 100% perdidas, perdemos trigo também. Tudo isso prejudicou grandemente os volumes de recebimento de safra, mas ainda assim, os resultados superaram as nossas expectativas porque os preços evoluíram muito. A gente não esperava”, avaliou o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini.

O balanço do exercício de 2021 foi apresentado para aprovação do quadro social nesta quinta-feira (10), durante a 52ª Assembleia Geral Ordinária, e Galassini apontou a explosão de preços das commodities agrícolas como o principal fator positivo nos resultados obtidos. “Embora nossa produção tenha sido menor e apesar dos preços dos insumos, que subiram demais, conseguimos ter um ano muito bom.”

PARTICIPAÇÃO

Galassini destacou que, além das sobras de R$ 689 milhões que serão distribuídas, ao longo de 2021 os cooperados também receberam mais de R$ 100 milhões. A participação nos pontos no Programa Fideliza rendeu aos associados R$ 51,226 milhões, o Prêmio de Produção Sementes resultou em outros R$ 35,335 milhões e R$ 13,698 foram devolução do Capital Social aos filiados com mais de 65 anos de idade.

No resultado do exercício de 2021, os cooperados também recebem a título de sobras R$ 3,50 para cada saca de soja entregue à Coamo, R$ 1,60 para o milho, R$ 1,60 para o trigo, R$ 0,70 para aveia, R$ 1,60 para café coco, R$ 4 para café beneficiado e 4% na aquisição de insumos.

EXPECTATIVAS

Para 2022, a expectativa ainda é de turbulências, especialmente relacionadas aos preços dos insumos e à falta de produtos. “Está uma crise grande de insumos, como adubo, sementes, herbicidas, fungicidas. Os preços estão altíssimos e isso não deve regularizar logo”, afirmou Galassini.

O conselheiro da Coamo também espera uma melhora climática que compense as perdas já registradas nas safras de soja e de milho. “Já temos quebra. Na Região Oeste, a situação está complicada, será uma safra com dificuldade”, destacou.

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