Londrinense disputa vaga de conselheiro no Confea
Pela primeira vez na história, chapa encabeçada por um londrinense participa das eleições; Brazil Versoza concorre com outros dois candidatos
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 03 de julho de 2025
Pela primeira vez na história, chapa encabeçada por um londrinense participa das eleições; Brazil Versoza concorre com outros dois candidatos
Simoni Saris

Profissionais de todas as áreas de engenharia e de geociências poderão votar, no próximo dia 16 de julho, nas eleições do Sistema Confea/Crea, conjunto que congrega os conselhos federal e regionais de engenharia e agronomia. E pela primeira vez na história, uma chapa encabeçada por um londrinense disputa uma das seis vagas ofertadas para o cargo de conselheiro federal.
Engenheiro eletricista, ex-presidente do Ceal (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina) por duas gestões e ex-diretor e ex-conselheiro do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), Brazil Versoza pleiteia uma das vagas. Na chapa, ele tem como suplente o engenheiro eletricista Leandro Grassmann, de Curitiba. A chapa de Versoza concorre com outras duas formadas no Estado.
O Confea é uma autarquia responsável pela verificação, fiscalização e aperfeiçoamento do exercício profissional de engenharia, agronomia e geociências e é o órgão central do Sistema Confea/Crea.
Dezoito conselheiros integram o Confea. Entre eles, 16 representam unidades da federação e dois são eleitos dentro das instituições de ensino, sendo um da área de engenharia e o outro, da agronomia.
A cada eleição, que acontece anualmente, um terço das cadeiras é renovado para um mandato de três anos. Como tem menos vagas do que estados para serem representados, é feito um rodízio.
Também é por meio de rodízio que a cada ano são definidas as modalidades da engenharia que terão vaga no conselho. Para o triênio 2026-2028, o Paraná será representado por engenheiros eletricistas.
Os outros cinco estados que terão vaga no Confea serão: Bahia (engenharia agrônoma); Ceará (engenharia civil); Maranhão (engenharia civil); Rio Grande do Sul (engenharia elétrica) e Tocantins (engenharia industrial).
A última eleição do Sistema Confea/Crea que abriu a disputa para chapas paranaenses formadas por engenheiros eletricistas foi há 24 anos, destacou Versoza.
A importância de ter um representante no conselho federal, explicou o candidato, é poder ter um paranaense participando das decisões em última instância de todos os processos. “É como se fosse o Senado dos profissionais da engenharia”, comparou Versoza. “Eu sou engenheiro eletricista, mas represento todas as engenharias no Paraná. Se passo a ser do Confea, estarei resolvendo problemas do país todo.”
Garantir uma cadeira de conselheiro no órgão federal também é uma forma de levar adiante as demandas dos profissionais da área, uma vez que todas as decisões relacionadas ao exercício profissional de engenheiros, agrônomos e geocientistas passam pelo Confea, como alterações na regulamentação profissional, salário mínimo, atribuição dos trabalhadores da área e mudanças na grade curricular, por exemplo.
“E, lógico, vamos ter também um profissional nosso próximo do poder que vai estar intercedendo pelas causas da categoria”, destacou Versoza. “O Confea destina verbas para fomento das entidades de classe, legisla sobre tudo o que envolve a classe da engenharia, da agronomia e da geociência.”
Em seu plano de trabalho, a chapa formada por Versoza e Grassmann elencou dez pontos para nortear a sua atuação dentro do conselho, caso seja eleito. Entre eles, estão a defesa das conquistas alcançadas nos marcos legais da regulamentação profissional, a modernização do marco regulatório do salário mínimo profissional, o combate ao exercício ilegal da profissão e a desburocratização e simplificação das normas e regras do Sistema Confea/Creas e Mútua 2025.
O Paraná tem 100 mil profissionais das áreas de engenharia, agronomia e geociências registrados no Crea, mas só poderão votar no próximo dia 16 de julho aqueles que estiverem com o pagamento da anuidade em dia. Tradicionalmente, disse Versoza, a participação nas eleições não chega a 10% do contingente profissional no Estado.
A votação é pelo sistema on-line. Os profissionais aptos a votarem receberão um link com um código que dá direito ao registro de um único voto. A apuração e divulgação do resultado devem ser feitas no mesmo dia. Antes da confirmação dos eleitos, no entanto, terá um prazo para as outras chapas entrarem com recursos, se considerarem necessário.
As chapas eleitas tomarão posse no dia 1° de janeiro de 2026 e ficarão no cargo até 31 de dezembro de 2028.

