Uá Corrêa: nascimento do filho Ravi o inspirou a criar um token beneficente com potencial de valorização de 1.000% nos próximos 30 dias
Uá Corrêa: nascimento do filho Ravi o inspirou a criar um token beneficente com potencial de valorização de 1.000% nos próximos 30 dias | Foto: Arquivo Pessoal

O mercado de criptomoedas é extremamente volátil, mas isso é o que atrai muitos dos investidores desse tipo de ativo. O que ficou mais evidente nos últimos dias, com tuítes do presidente da Tesla, Elon Musk, é que a criptomoeda também pode não ser sustentável.

Este é o caso da bitcoin, a mais conhecida das moedas digitais, que para ser processada demanda um grande gasto energético. Isso porque a moeda digital é um ativo descentralizado, cujas transações ocorrem em computadores espalhados por todo o mundo em um processo chamado de mineração, que usuários executam em troca de uma espécie de comissão.

Acontece que para minerar bitcoin, o gasto energético é bastante alto, por isso o presidente da Tesla disse que deixaria de aceitar a moeda como pagamento pelos seus carros elétricos.

Alternativas à mais famosa moeda digital, as altcoins surgem aos milhares a todo o momento, em todo o mundo, já que este mercado não é regulado por uma entidade central, como no caso das moedas tradicionais.

Por aqui, um londrinense idealizou a Brigadeiro.Finance, que remunera os investidores com 6% do valor da transação só pelo fato de eles estarem "segurando" a moeda. Ao contrário da bitcoin, que distribui as taxas das transações entre os mineradores, a moeda criada em Londrina as divide entre os próprios investidores (os holders).

"Não existe ninguém minerando a moeda. A comissão pela transação é distribuída entre as próprias pessoas que a estão segurando", explica Uá Corrêa, idealizador da Brigadeiro.Finance. Corrêa é trader no mercado de criptomoedas, trabalha com marketing digital e é programador.

Apesar de ser fundador da moeda junto com outras nove pessoas, ele e os demais fundadores já abriram mão do seu código-fonte, e a Brigadeiro.Finance agora é uma DAO (Organização Autônoma Descentralizada).

CARIDADE

A Brigadeiro.Finance é um token deflacionário, ou seja, a cada transação, 4% do valor da compra é extinguido completamente do mercado, de forma que se torne cada vez mais rara e valiosa.

Além de mais sustentável, ela possui uma carteira de caridade com 5% de todas as transações. Os rendimentos desta carteira são destinados a projetos beneficentes com foco em crianças carentes. "É mais uma moeda para especular entre milhares que existem no mercado, mas parte do dinheiro é revertido para a caridade", diz Corrêa. Dos valores para doação, cerca de R$ 2.700 já foram doados ao Plantão Sorriso, que leva arte a pacientes infantis em hospitais em Londrina.

As doações são transparentes para que os investidores saibam que o dinheiro está sendo destinado corretamente. Tanto que as transferências para os projetos são feitas em lives na internet. "Os investidores são exigentes. Querem comprovante do depósito", observa o idealizador da Brigadeiro.Finance.

RENDIMENTO

Corrêa criou o ativo após o nascimento do seu filho, Ravi. Ele se inspirou em uma moeda cujo objetivo é ajudar a manter os oceanos limpos. "Inspirado nesta moeda, resolvi com o nascimento do meu filho criar uma voltada a ajudar crianças."

Ele diz acreditar que o cunho beneficente da moeda vai atrair novos investidores. Hoje, a Brigadeiro já tem cerca de 7 mil investidores, que foram reunidos em fóruns e redes sociais com público do Brasil e de diversos países. Em um grupo global no Telegram, há participantes de países como EUA, França, Canadá, Noruega, Holanda, Indonésia, Irã e Nepal.

Os altos rendimentos devido ao caráter especulativo das moedas alternativas também são um chamariz para os investidores. A Brigadeiro.Finance foi lançada no primeiro minuto do dia 31 de maio, com o investimento de US$ 500. Foram colocadas no mercado 100 sextilhões (100.000.000.000.000.000.000.000) de unidades da moeda. Além dos 5% destinados aos projetos beneficentes, 30% foram queimados para a valorização. Ao mercado de investidores, foram ofertados 46,5% do total. As demais partes couberam aos idealizadores e à manutenção das operações.

Depois de 14 dias, nesta segunda-feira (14), o valor saltou para US$ 990,7 mil, um aumento de mais de 198.000%. "São rentabilidades que você não vê acontecendo em tão pouco tempo. Isso é bem atrativo", destaca Corrêa. O potencial de valorização, segundo ele, é de cerca de 1.000% nos próximos 30 dias.