Imagem ilustrativa da imagem Londrina tem saldo positivo de 1.534 empregos em fevereiro
| Foto: iStock
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A cidade de Londrina encerrou o mês de fevereiro com saldo positivo de 1.534 vagas de emprego, resultado de 7.417 admissões e 5.883 demissões realizadas no mês. O município apresentou o maior saldo de empregos entre as cidades da RML (Região Metropolitana de Londrina). Ibiporã, por outro lado, teve a maior variação positiva na comparação com o mês anterior, de 3,41%, decorrente das contratações do setor agropecuário.

Em todo o Estado, Londrina ficou em quarto lugar na geração de empregos no período, atrás de Curitiba (13.061), Maringá (1.895) e Cascavel (1.570).

Os dados fazem parte de análise do NuPEA (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas), do UTFPR (Universidade Tecnológica Federal), campus Londrina, e da UEL (Universidade Estadual de Londrina), realizada com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O saldo representa uma variação de 1,02% na comparação com o mês anterior, quando o saldo também foi positivo de 2.368 vagas. No ano, o município também ficou com saldo positivo de 2.867 vagas de emprego (14.011 admissões e 11.144 demissões).

Serviços (862), comércio (326) e indústria (274) foram os setores que apresentaram o maior saldo no mês de fevereiro na cidade. A agropecuária foi o único setor que apresentou saldo negativo de oito vagas. Construção civil abriu 80 postos de trabalho.

Nas cinco maiores cidades da RMLo (Região Metropolitana de Londrina), o saldo também foi positivo de 2.628 postos de trabalho, resultado de 10.774 admissões e 9.202 demissões. No ano, o saldo foi de 4.996 nas cinco cidades, devido a 21.442 contratações e 17.502 desligamentos. Todos os setores analisados apresentaram saldo positivo no mês: o setor de serviços (999), indústria (619) e comércio foram os que mais contrataram na RMLo, seguidos de agropecuária (313) e construção civil (97).

Para Marcos Rambalducci, economista, professor da UTFPR campus Londrina e coordenador da pesquisa, os dados positivos da região no mês de fevereiro foram surpreendentes, pois é nesse período do ano que costumam aparecer os reflexos das demissões dos trabalhadores temporários do comércio e das férias coletivas das indústrias. "É uma situação bastante atípica, principalmente neste momento que estamos vivendo, com situação de lockdown", comenta Rambalducci.

Na sua visão, a explicação para o saldo positivo está na contratação de pessoas para trabalhar de dentro de casa, principalmente nos setores de comércio e prestação de serviços, com vendas por telefone ou internet, mídias sociais ou aulas em EaD, por exemplo. "Como os setores vinham muito depreciados ao longo dos meses, chega uma hora que a situação não se sustenta mais e precisa retomar o processo produtivo, daí a contratação de pessoas." A indústria, por sua vez, está aumentando a ocupação de sua capacidade produtiva instalada. "E isso é claro, traz reflexos na geração de emprego formal."

"O que fica muito claro é que mesmo diante das incertezas as empresas estão encontrando soluções, formas de atender o cliente, gerar novos empregos e continuar a fazer a cadeia produtiva rodar. Isso mostra uma certa criatividade pro parte do empresariado, e interessante que não é só em Londrina e região, mas também no Paraná e no Brasil", salienta o economista. De acordo com ele, provavelmente, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) trará dados sobre salários menores. "Mas a geração de emprego é o que precisa acontecer, independentemente de qual seja a renda."

PARANÁ

O Paraná teve o melhor desempenho dentre os estados do Sul e o terceiro maior saldo de todo o País. O Estado criou 41.616 vagas de emprego (146.014 admissões e 104.398 demissões) em fevereiro, com alta de 70% em relação a janeiro. No ano, foram geradas 66.763 empregos, uma elevação de 68% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os setores que mais se destacaram em fevereiro no Paraná foram o de serviços com 17.819 postos, seguido pela indústria da transformação (9.090), comércio (8.302), construção (4.961), agricultura (1.123) e serviços industriais de utilidade pública (321). Todos os setores apresentaram resultados positivos ao longo de fevereiro.

BRASIL

O Brasil gerou 401.639 empregos em fevereiro, o melhor resultado para o mês em 30 anos. De acordo com o Caged foram contratados 1.694.604 trabalhadores formais e demitidos 1.292.965.

O setor que mais se destacou no mês foi o de serviços, com a criação de 173.547 postos formais, seguido pela indústria geral, que abriu 93.621 vagas. Já o comércio fechou 68.051 vagas, enquanto houve um saldo de 43.469 contratações na construção civil em fevereiro. Na agropecuária, foram criadas 23.055 vagas no mês.(com informações da Agência Estadual de Notícias)

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