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Economia 5m de leitura

Londrina tem nove empresas entre as mil maiores do país; saiba quais são

O agronegócio e a construção civil são os segmentos de destaque local no ranking Valor 1000

ATUALIZAÇÃO
31 de agosto de 2023

Guilherme Marconi
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Londrina tem nove empresas entre as mil maiores do país; saiba quais são

Com destaque para os setores de agronegócio e construção civil, Londrina tem nove empresas listadas pelo ranking Valor 1000, publicado anualmente pelo jornal Valor Econômico em parceria com Serasa Experian e Fundação Getúlio Vargas (FGV) considerando o critério da receita líquida.  São elas: Cooperativa Integrada (146º lugar), Belagrícola (147º), Adama (212º), Sotran (534º), Plaenge (547º), GDM Seeds (618º), A. Yoshii (646º), Cacique (683º) e Conasa (737º). 

As empresas classificadas foram analisadas a partir dos balanços de 2022 e pelas práticas nas áreas ambiental, social e de governança (ESG).  

AGRONEGÓCIO

Presente em 49 municípios, a Integrada Cooperativa Agroindustrial fechou 2022 com um faturamento de R$ 8,3 bilhões. Com mais de 12 mil cooperados e 2.000 colaboradores, a cooperativa atua na venda de insumos, assistência técnica e recebimento da produção agrícola nas culturas como soja, miho, trigo, café e laranja. A maior parte de seu faturamento vem da comercialização de grãos. Só em 2022, o crescimento no faturamento foi de 40% ante 2021.  Os números foram impulsionados pela valorização das comodities e alta do dólar, entre outros fatores internos e externos. 

"Constar como maior empresa de uma cidade como Londrina é muito gratificante.  Esses números demostram a confiança e participação dos cooperados, a a competência dos nossos colaboradores. Crescemos 40% mesmo com várias problemas de clima e quebra de safra. Isso é fruto do planejamento estratégico de cinco anos e seguiremos com nosso trabalho com muito profissionalismo", destaca Jorge Hashimoto, diretor presidente da Integrada.  Só em 2022, o lucro líquido foi de R$ 226 milhões, sendo que R$ 76 milhões foram distribuídos no rateio aos cooperados das chamadas "sobras".

Logo atrás da Integrada, também no segmento agrícola, a Belagrícola apresentou receita líquida de R$ 8,1 bilhões no ano passado.  A empresa londrinense evoluiu de uma revenda de produtos agrícolas para se tornar um dos maiores distribuidores de insumos agrícolas e comercializadores de grãos do Brasil. Hoje, tem 55 pontos de revenda e mais de 70 unidades de recebimento, padronização e armazenagem, com capacidade estática de estocagem de mais de 1 milhão de toneladas. Em 2017, a Belagrícola ganhou um novo impulso ao firmar parceria como um dos maiores players do mercado brasileiro, fechando uma parceria internacional com a multinacional chinesa Pengdu Agriculture.

"Essa evolução no ranking nós dá muito orgulho e mostra que estamos no caminho certo do desenvolvimento de forma sustentável, gerando valor nas praças que estamos presentes. Esta é a nossa forma de contribuir para o crescimento do agronegócio, setor extremamente relevante para o país.", pontua Alberto Araújo, presidente da Belagrícola.

Atrás das duas gigantes do agronegócio, aparece a Adama, do setor químico, com receita líquida de R$ 5,7 bilhões, seguida da Sotran, do segmento de transporte e logística, com R$ 1,8 bilhões de faturamento.  Ainda mostrando a força do agronegócio aparece no Ranking do Valor Econômico, a  GDM Seeds, com R$ 1,4 bilhões de receita em 2022.  O laboratório de Edição Gênica da multinacional fica em Cambé (região metropolitana de Londrina) e concentra pesquisas relacionadas aos 15 países onde a empresa atua.

CONSTRUTORAS

Pelo décimo ano consecutivo, a Construtora Plaenge  conquistou a posição de maior construtora do Sul do Brasil e, no segmento de empreendimentos imobiliários, é ainda a única da região Sul a figurar na lista das dez maiores construtoras  brasileiras.  A Plaenge é também a maior empresa de Londrina em patrimônio líquido, totalizando R$ 1.431 milhões. 

O sócio-diretor da Plaenge Alexandre Fabian reforça que estar no ranking Valor 1000 é uma ferramenta importante de gestão. “Ser reconhecida entre as dez maiores construtoras brasileiras e também como a maior construtora de capital fechado do País chancela as boas decisões que temos tomado ao longo do tempo. Investimos na constante inovação do nosso design e em processos construtivos ao mesmo tempo em que adotamos um modelo de gestão conservador nas finanças, que nos garante segurança para ousar”, destaca. A Plaenge atua em nove cidades brasileiras em cinco estados e três no Chile, incluindo a capital, Santiago. 

A construtora A.Yoshii também destaca que o resultado reflete o planejamento, estruturação e gestão de qualidade, presentes na cultura da empresa. "Afirmamos que nosso maior diferencial é a excelência e qualidade em todas as nossas obras e operações.  Em 2023, contratamos mais de 1000 colaboradores, entregaremos 14 empreendimentos imobiliários, todos no prazo, e lançamos 8 novos projetos. Além disso, estamos com 35 canteiros de obra simultâneos em andamento, entre empreendimentos imobiliários e obras corporativas", afirma Leonardo Yoshii, CEO do grupo. 

A Cacique (alimentos e bebidas) com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão e a Conasa (infraestrutura e logística) com R$ 1,1 bilhão completam a lista das empresas com sede em Londrina do ranking.  

A Conasa Infraestrutura, está sediada em Londrina desde 2007 como uma plataforma de investimentos em concessões de infraestrutura. A empresa ocupa a posição 734 no país com receita bruta aferida em 2022 superior a R$ 1,1 bilhão. Atualmente, a Conasa opera com 23 empresas nos segmentos de saneamento, energia e rodovias, em nove estados e nas cinco regiões do país, empregando mais de 2,3 mil colaboradores. Em 2022, o Grupo Conasa cresceu 255%, investiu mais de R$ 890 milhões em projetos nas áreas de atuação e gerou mais de 1,6 mil empregos diretos. 

O ano também foi importante para o avanço da companhia na agenda ESG (Environmental, Social and Governance), se posicionando também como signatária do Pacto Global da ONU no Brasil, iniciativa que engaja o setor privado em ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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