Com destaque para os setores de agronegócio e construção civil, Londrina tem nove empresas listadas pelo ranking Valor 1000, publicado anualmente pelo jornal Valor Econômico em parceria com Serasa Experian e Fundação Getúlio Vargas (FGV) considerando o critério da receita líquida. São elas: Cooperativa Integrada (146º lugar), Belagrícola (147º), Adama (212º), Sotran (534º), Plaenge (547º), GDM Seeds (618º), A. Yoshii (646º), Cacique (683º) e Conasa (737º).

As empresas classificadas foram analisadas a partir dos balanços de 2022 e pelas práticas nas áreas ambiental, social e de governança (ESG).

AGRONEGÓCIO

Presente em 49 municípios, a Integrada Cooperativa Agroindustrial fechou 2022 com um faturamento de R$ 8,3 bilhões. Com mais de 12 mil cooperados e 2.000 colaboradores, a cooperativa atua na venda de insumos, assistência técnica e recebimento da produção agrícola nas culturas como soja, miho, trigo, café e laranja. A maior parte de seu faturamento vem da comercialização de grãos. Só em 2022, o crescimento no faturamento foi de 40% ante 2021. Os números foram impulsionados pela valorização das comodities e alta do dólar, entre outros fatores internos e externos.

"Constar como maior empresa de uma cidade como Londrina é muito gratificante. Esses números demostram a confiança e participação dos cooperados, a a competência dos nossos colaboradores. Crescemos 40% mesmo com várias problemas de clima e quebra de safra. Isso é fruto do planejamento estratégico de cinco anos e seguiremos com nosso trabalho com muito profissionalismo", destaca Jorge Hashimoto, diretor presidente da Integrada. Só em 2022, o lucro líquido foi de R$ 226 milhões, sendo que R$ 76 milhões foram distribuídos no rateio aos cooperados das chamadas "sobras".

Logo atrás da Integrada, também no segmento agrícola, a Belagrícola apresentou receita líquida de R$ 8,1 bilhões no ano passado. A empresa londrinense evoluiu de uma revenda de produtos agrícolas para se tornar um dos maiores distribuidores de insumos agrícolas e comercializadores de grãos do Brasil. Hoje, tem 55 pontos de revenda e mais de 70 unidades de recebimento, padronização e armazenagem, com capacidade estática de estocagem de mais de 1 milhão de toneladas. Em 2017, a Belagrícola ganhou um novo impulso ao firmar parceria como um dos maiores players do mercado brasileiro, fechando uma parceria internacional com a multinacional chinesa Pengdu Agriculture.

"Essa evolução no ranking nós dá muito orgulho e mostra que estamos no caminho certo do desenvolvimento de forma sustentável, gerando valor nas praças que estamos presentes. Esta é a nossa forma de contribuir para o crescimento do agronegócio, setor extremamente relevante para o país.", pontua Alberto Araújo, presidente da Belagrícola.

Atrás das duas gigantes do agronegócio, aparece a Adama, do setor químico, com receita líquida de R$ 5,7 bilhões, seguida da Sotran, do segmento de transporte e logística, com R$ 1,8 bilhões de faturamento. Ainda mostrando a força do agronegócio aparece no Ranking do Valor Econômico, a GDM Seeds, com R$ 1,4 bilhões de receita em 2022. O laboratório de Edição Gênica da multinacional fica em Cambé (região metropolitana de Londrina) e concentra pesquisas relacionadas aos 15 países onde a empresa atua.

CONSTRUTORAS

Pelo décimo ano consecutivo, a Construtora Plaenge conquistou a posição de maior construtora do Sul do Brasil e, no segmento de empreendimentos imobiliários, é ainda a única da região Sul a figurar na lista das dez maiores construtoras brasileiras. A Plaenge é também a maior empresa de Londrina em patrimônio líquido, totalizando R$ 1.431 milhões.

O sócio-diretor da Plaenge Alexandre Fabian reforça que estar no ranking Valor 1000 é uma ferramenta importante de gestão. “Ser reconhecida entre as dez maiores construtoras brasileiras e também como a maior construtora de capital fechado do País chancela as boas decisões que temos tomado ao longo do tempo. Investimos na constante inovação do nosso design e em processos construtivos ao mesmo tempo em que adotamos um modelo de gestão conservador nas finanças, que nos garante segurança para ousar”, destaca. A Plaenge atua em nove cidades brasileiras em cinco estados e três no Chile, incluindo a capital, Santiago.

A construtora A.Yoshii também destaca que o resultado reflete o planejamento, estruturação e gestão de qualidade, presentes na cultura da empresa. "Afirmamos que nosso maior diferencial é a excelência e qualidade em todas as nossas obras e operações. Em 2023, contratamos mais de 1000 colaboradores, entregaremos 14 empreendimentos imobiliários, todos no prazo, e lançamos 8 novos projetos. Além disso, estamos com 35 canteiros de obra simultâneos em andamento, entre empreendimentos imobiliários e obras corporativas", afirma Leonardo Yoshii, CEO do grupo.

A Cacique (alimentos e bebidas) com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão e a Conasa (infraestrutura e logística) com R$ 1,1 bilhão completam a lista das empresas com sede em Londrina do ranking.

A Conasa Infraestrutura, está sediada em Londrina desde 2007 como uma plataforma de investimentos em concessões de infraestrutura. A empresa ocupa a posição 734 no país com receita bruta aferida em 2022 superior a R$ 1,1 bilhão. Atualmente, a Conasa opera com 23 empresas nos segmentos de saneamento, energia e rodovias, em nove estados e nas cinco regiões do país, empregando mais de 2,3 mil colaboradores. Em 2022, o Grupo Conasa cresceu 255%, investiu mais de R$ 890 milhões em projetos nas áreas de atuação e gerou mais de 1,6 mil empregos diretos.

O ano também foi importante para o avanço da companhia na agenda ESG (Environmental, Social and Governance), se posicionando também como signatária do Pacto Global da ONU no Brasil, iniciativa que engaja o setor privado em ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).