Funcionários da cooperativa Integrada enchem sacas com sementes em fábrica: agronegócio em destaque em Londrina
Funcionários da cooperativa Integrada enchem sacas com sementes em fábrica: agronegócio em destaque em Londrina | Foto: Divulgação



Londrina - Londrina tem 12 empresas entre as 500 maiores da região Sul do País, conforme ranking da "Revista Amanhã" divulgado na terça-feira (13). No entanto, a maior parte das companhias locais na lista perdeu posições na comparação entre os balanços de 2017 e 2016, o que os executivos entrevistados consideraram como fruto de estratégias para passar com sustentabilidade pela crise econômica nacional.

As principais empresas da cidade são dos setores de agronegócios, construção civil, logística e serviços. A líder foi a Integrada Cooperativa Agroindustrial, seguida pela agroquímica Adama e pelo Grupo Plaenge, de construção civil. A colocação é definida segundo metodologia que considera o patrimônio líquido, a receita líquida e o lucro líquido para definir o VPG (Valor Ponderado de Grandeza).

O diretor-presidente da Integrada, Jorge Hashimoto, disse que a produção foi favorável em 2017, mas os preços das commodities caíram e levaram a resultados menores do que o esperado. Porém, destacou que, se a empresa perdeu duas posições na região Sul, ganhou duas quando considerados somente grupos paranaenses, ao chegar à 19ª colocação. "A cooperativa mantém o planejamento estratégico de alcançar a marca de R$ 4 bilhões de faturamento até 2020. Neste ano, a Integrada estima um faturamento de R$ 3,116 bilhões, devido ao empenho de cooperados e colaboradores."

Da mesma forma, o diretor da Plaenge, Alexandre Fabian, afirmou que o ranking reflete a maturidade da gestão da empresa. Ele citou que a construtora já apresentou 16 novos empreendimentos neste ano, dos quais 13 no Brasil e três no Chile. Disse ainda que expandiu a atuação para Campinas, principal cidade do interior paulista. "Já temos empreendimento entregue no Chile com o nome de nossa cidade, Londrina, e a empresa já é reconhecida naquele país pela qualidade de seus produtos e de sua gestão."

Na quarta colocação municipal, a Companhia Cacique de Café Solúvel tomou a decisão de vender a unidade de café torrado e moído, o que reduziu o desempenho na ocasião. O diretor de Controladoria e de Relações com Investidores da empresa, Paulo Roberto Ferro, afirmou que o ranking serve como parâmetro para direcionar decisões futuras. "Toda organização tem como objetivo se desenvolver de forma sustentável. Se manter entre as maiores mostra que esse objetivo vem sendo alcançado", disse.

O presidente do Grupo A.Yoshii, Leonardo Yoshii, também cita o uso de estratégias para garantir a sustentabilidade e retomar o caminho da expansão. Por isso, cita a redução do número de lançamentos como causa da desaceleração da receita. "Pensamos mais em solidez do que em crescimento acelerado. Somos líderes nas praças em que atuamos e estamos indo para novas localidades com a estratégia de crescimento bem clara, de construir reputação no mercado, buscar sempre a credibilidade e o reconhecimento da marca através da satisfação dos clientes, dos colaboradores e parceiros."

Já a Unimed Londrina, por meio de nota, citou o orgulho de chegar à oitava colocação entre as empresas da cidade. "Nosso melhor posicionamento no ranking se deu por conta do planejamento estratégico que realizamos e que possibilitou lidarmos com a crise econômico-financeira que se instalou no País, de maneira equilibrada e sustentável. Nossa equipe trabalha sempre com foco nas melhorias de processos para prestar ao cliente um atendimento de excelência."

A reportagem procurou as assessorias das empresas Adama, Agrototal Holding, Sotran Logística e Transporte, Conasa Infraestrutura, Concessionária Econorte, Sercomtel e Fiação de Seda Bratac, que informaram não ter tempo hábil para comentar o ranking até o fechamento desta edição.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina tem 12 empresas entre 500 maiores do Sul



Comparativos
Por cidades, Curitiba segue disparada com 87 das 184 empresas do Estado na lista das 500 maiores. Na sequência, aparecem Londrina e Maringá, ambas empatadas com 12, cada.

Quando considerada a divisão por estados, o Rio Grande do Sul tem o maior número de companhias na lista, com 196, e também a líder do ranking, o Grupo Gerdau, de siderurgia. O Paraná vem na sequência, com 184, e o grupo Copel como principal destaque, na quarta colocação geral. Santa Catarina ficou com 120 e a segunda e terceira posições na lista, com Bunge e BRF, do setor alimentício.

No geral do Paraná, energia, agronegócio e setor automotivo despontaram como os que produziram maior soma de lucros. Ainda, as 183 companhias paranaenses levaram vantagem na soma dos lucros, com R$ 16,2 bilhões. As 196 gaúchas ficaram com R$ 12,7 bilhões e as 121 catarinenses, R$ 7,9 bilhões.