As vendas do comércio na região de Londrina acumulam crescimento de 26,04% no período de janeiro a agosto, segundo a Pesquisa Conjuntural da Fecomercio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná). É o melhor desempenho entre todas as regiões do Estado. Já a média estadual para o mesmo período ficou em 13,56%.

Os dados evidenciam a continuidade da recuperação da economia, apesar da redução de 1,06% nas vendas em agosto na comparação com julho. Levando em conta os dados estaduais, os setores com maiores crescimentos foram óticas, cine-foto-som (29,02%), material de construção (22,27%), calçados (21,79%) e autopeças (21,46%). Apenas o setor de livrarias e papelarias segue no vermelho, com redução de 1,17%, pois ainda não conseguiu recuperar as perdas no acumulado devido à paralisação das aulas, mesmo que em muitas cidades já tenham voltado à modalidade presencial.

Com o avanço da vacinação e consequente melhora dos indicadores sanitários, há maior circulação das pessoas, que passam a acessar mais os estabelecimentos comerciais. Entretanto, a retomada dos negócios não acontece com a velocidade almejada, uma vez que está se instalando um outro cenário: a inflação, que a princípio se pensou que seria episódica, está persistindo, acarretando consecutivos aumentos das taxas de juros pelo Banco Central e diminuição do poder de compra da população. Além disso, o aumento do câmbio e a crise hídrica são fatores que também dificultam a recuperação econômica, comprometendo determinados setores, como apontam os resultados da pesquisa.

Na variação mensal, as lojas de móveis, decorações e utilidades domésticas apresentaram bons resultados, com elevação de 14,02%, bem como o ramo de óticas, cine-foto-som, com aumento de 9,66% nas vendas. Por outro lado, tiveram redução nas vendas em agosto os setores de vestuário e tecidos (-16,13%), lojas de departamentos (-10,65%), concessionárias de veículos (-4,77%), supermercados (-3,49%) e autopeças (-2,19%).

Na comparação com agosto de 2020 o varejo paranaense teve crescimento de 6,13%, com ênfase para os segmentos de óticas, cine-foto-som (25,91%), calçados (21,78%), farmácias (15,24%) e autopeças (15,17%).

A alta de 26,04% de Londrina é seguida por Curitiba e Região Metropolitana, com aumento de 13,28%. Com índices bastante parecidos, ficaram Ponta Grossa (7,83%), Sudoeste (7,64%), Oeste (7,50%) e Maringá (7,17%).

O superintendente da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Rodrigo Geara, comentou o bom desempenho de Londrina no cenário estadual. "Os resultados dessa pesquisa nos trazem boas notícias. O avançar da vacinação, a estabilização da pandemia e o afrouxamento de medidas restritivas, tudo isso vem proporcionando a volta da circulação das pessoas e, consequentemente, a economia volta a girar. Para a nossa região de Londrina, especialmente, os número estão bastante favoráveis", pontuou.

Segundo ele, as características da economia regional contribuíram para os resultados. "Como é uma região que tem a maior parte de seu PIB alicerçada em cima do comércio e serviços, isso, automaticamente, nos traz melhores resultados. Ficamos muito satisfeitos em ver que a região de Londrina apresentou um crescimento acumulado da ordem de 26% e, se compararmos que a média do Estado foi da ordem de 13 a 14%, então podemos entender que Londrina está em um bom cenário de recuperação econômica", avaliou.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.