Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de fevereiro, divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho, demonstraram uma evolução significativa no mercado de trabalho formal de Londrina. Segundo o Caged, são 1.721 de saldo positivo entre empregados e demitidos no segundo mês do ano. Foram 8.982 admissões frente a 7.261 desligamentos.

Em fevereiro, o grande destaque foi o setor de serviços, responsável por 1.538 desse saldo. Londrina teve o segundo melhor desempenho do estado para o período, ficando atrás apenas de Curitiba. Em janeiro, Londrina foi a cidade com maior saldo do Paraná. Somente nos dois primeiros meses do ano, já são 2.561 de saldo positivo no balanço da empregabilidade.

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, lembrou que mais do que números, são famílias incluídas no mercado formal. “Construímos políticas públicas e planejamos a cidade para se desenvolver e gerar oportunidade para nossa gente. Quando vemos mais de 1,7 mil londrinenses passando a trabalhar com a carteira assinada, somente em fevereiro, temos a certeza de que estamos no caminho certo. São mães e pais de família que terão a segurança de um salário ao final do mês e levarão o sustento para suas casas”, afirmou.

Para o secretário do Trabalho, Emprego e Renda em exercício, Cristian Marcucci, os números vêm ao encontro de uma tendência sentida na Secretaria nesse início de ano. “Temos tido um volume bastante importante de oferta de vagas e de trabalhadores buscando pelos nossos serviços, desde janeiro. Os dados do Caged consolidam nossos dados de atendimento e confirmam o sentimento que tivemos ao longo do mês de que a empregabilidade iniciaria o ano em alta na nossa cidade”, acrescentou.

O presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Alex Canziani, reforçou o poder de ações conjuntas realizadas pelas secretarias. “Há poucas semanas, a Codel e a Secretaria do Trabalho fizeram uma grande força tarefa para entregar mão de obra qualificada para uma empresa de tecnologia que buscava um perfil específico de trabalhadores. Somente essa iniciativa resultou em quase cinquenta contratações. Esse é só um exemplo para mostrar que quando temos ações que se complementam e que convergem para o desenvolvimento, não tem como o desempenho não ser excelente”, afirmou Canziani.

PARANÁ

O Paraná terminou o mês de fevereiro com um saldo positivo de 24.081 empregos com carteira assinada, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado (diferença de 162.139 contratações e 138.058 demissões) faz do Estado o mais bem colocado da região Sul e o terceiro do Brasil, com um crescimento de mais de 250% em relação ao saldo de janeiro, quando houve a abertura de 6.792 vagas de trabalho formal.

Em nível nacional, o Paraná ficou atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, estados mais populosos, que tiveram um saldo de 65.356 e 29.983 vagas, respectivamente. A terceira posição ocupada pelo Estado é melhor do que a de fevereiro de 2022, mês em que o Paraná foi o quarto do Brasil em número total de vagas abertas. O País encerrou o mês com saldo de 241.785 vagas – o Paraná representou quase 10% do total.

O setor de serviços foi o responsável pelo maior número de vagas abertas em fevereiro, com 16.997. Depois, estão a indústria (2.543), comércio (2.141), agricultura (1.222, puxada pela safra de soja) e construção (1.178), com números positivos em todos os segmentos. O Paraná liderou a geração de empregos no comércio no último mês, segmento cujo saldo nacional foi negativo no período, com 1.325 demissões.

Dos 399 municípios paranaenses, 304 tiveram saldo positivo, o que equivale a 76% de todas as localidades. Na outra ponta, 84 municípios demitiram mais do que contrataram, enquanto 11 cidades permaneceram no mesmo patamar de empregados formais que possuíam em janeiro.

BRASIL

O Brasil abriu 241.785 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado do mês passado vem do registro de 1,95 milhão de admissões e 1,70 milhão de desligamentos e ficou acima da expectativa. Uma pesquisa da agência Reuters apontava a espera da criação de 161 mil empregos.

Na comparação com fevereiro do ano anterior, o número de admissões teve queda de 6,7%, enquanto os desligamentos caíram 1,7%. Ante janeiro, as admissões de fevereiro foram 2,7% maiores e os desligamentos recuaram 5,8%.

Dessas 241,8 mil vagas, 77,3 mil são atípicas (trabalhadores aprendizes, intermitentes, temporários e aqueles com carga de até 30 horas semanais).

O maior número de vagas (152,2 mil) foi para empregos com faixa de remuneração de 1 a 1,5 salário mínimo e para trabalhadores com ensino médio completo (146,1 mil). (Com N.Com e Agências)