Depois de apresentar resultado negativo de 1.148 vagas de janeiro a julho, o mercado de trabalho de Londrina ganhou um respiro e houve 540 contratações a mais do que o número de demissões em agosto, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado na sexta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Mesmo assim, a cidade ainda conta com 608 desempregados a mais neste ano em relação a dezembro de 2017.

Os destaques em Londrina em agosto foram os setores de serviços (322), comércio (112), indústria (43) e administração pública (36) e construção (31). No entanto, foram fechados 1.967 postos de trabalho no total quando considerados os últimos 12 meses.

Já o Paraná fechou agosto com um saldo de 10.339 vagas. Os destaques foram os setores de serviços (7.249), comércio (1.819), indústria (1.005) e construção (357). Registraram resultados negativos agropecuária (-138) e serviços industriais de utilidade pública (-21). No ano, o saldo paranaense é de 45.102 vagas abertas. O resultado de janeiro a agosto indica recuperação ante 2017. Isso porque, quando considerados os últimos 12 meses, o número de empregos cai para 31.167.

BRASIL
Em termos nacionais, o mercado de trabalho criou 110.431 empregos com carteira assinada em agosto. Esse é o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram gerados 127.648 empregos formais.

O mês de agosto é o oitavo seguido com criação de empregos formais, de acordo com a série histórica com ajuste sazonal. O mês registrou o segundo melhor desempenho do ano e atrás apenas de abril, quando a economia gerou 127.134 empregos formais.

O dado relativo a agosto havia sido antecipado na quinta-feira, 20, pelo presidente Michel Temer, que comemorou nas redes sociais a criação de mais de 100 mil empregos formais no mês de agosto. O resultado superou as previsões dos economistas. Entre as 20 instituições consultadas pela pesquisa do Projeções Broadcast, as estimativas de saldo positivo iam de 37.313 empregos a 88.318 postos de trabalho, com mediana de 59.950 vagas.

No acumulado de janeiro a agosto, o Caged registra criação de 568.551 empregos formais. Nos 12 meses até agosto, o Ministério do Trabalho registra a criação de 356.852 empregos com carteira assinada.

O resultado mensal positivo foi puxado pelo setor de serviços, que registrou a criação de 66.256 empregos, seguido pelo comércio, que acumulou 17.859 novos empregos, e a indústria de transformação, com 15.764 novos trabalhadores.

Entre os demais setores, a construção civil criou 11.800 empregos, os serviços industriais de utilidade pública ganharam 1.240 postos, o segmento de extração mineral teve 467 empregos criados e a administração pública, outros 394 novos postos. Por outro lado, o agronegócio registrou fechamento de 3.349 empregos formais no mês passado. Esse foi o único setor econômico com fechamento de empregos no mês passado.

JORNADA INTERMITENTE
Quase 4 mil vagas de trabalho intermitente foram criadas no mês passado. Dados do Caged indicam que agosto terminou com a criação líquida de 3.996 empregos com contrato intermitente e abertura de outras 3.165 vagas pelo sistema de jornada parcial. Somados, os dois novos contratos criaram 7.161 empregos no mês passado. Os dois novos contratos foram criados pela reforma trabalhista.

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, o emprego intermitente registrou criação de 5.987 postos e fechamento de 1 991 vagas no mês. Entre os Estados com o maior número de contratações nesta modalidade, estão São Paulo (saldo positivo de 1.005), Rio de Janeiro (848) e Minas Gerais (463).

Já as contratações de trabalhadores em regime de tempo parcial tiveram saldo positivo. Os maiores saldos foram registrados em São Paulo (515), Paraná (424) e Ceará (405).

O Caged informou ainda que houve 15.010 desligamentos por acordo no mês de junho. (Com Agência Estado)