Londrina apresentou qualidade de atendimento no tripé hospedagem, restaurante e transporte e recebeu, na manhã desta quarta-feira (22), o certificado que a elevou na categoria A na classificação do Mapa do Turismo Brasileiro. A cidade juntou-se a Curitiba e Foz do Iguaçu como as três únicas do Estado a entrarem no patamar de municípios com maior fluxo turístico e maior número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem, conforme pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo. Com o selo, a cidade conquista reconhecimento, investimentos e pode arrecadar até R$ 1 milhão ao ano em projetos do setor.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina recebe selo A no turismo nacional
| Foto: Gustavo Carneiro/14-12-2018

“Cada turista que vem para cá deixa recursos, gera emprego, gera renda, por isso a gente tem trabalhado no sentido de estimular cada vez mais o segmento”, explica o prefeito Marcelo Belinati em solenidade de entrega do certificado, realizada no Hub de Inovação do Turismo, no Boulevard Londrina Shopping. Para ele, fomentar o turismo, junto a projetos de industrialização e desburocratização dos processos, faz parte das estratégias que agregam ao perfil econômico da cidade.

O presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Bruno Ubiratan, explica que alcançar a categoria A do turismo só foi possível por meio de avanços no setor em Londrina. “Como abaixar o valor do ISS (Imposto Sobre Serviços) em eventos e turismo de 5% para 3%, apresentação de calendário de eventos, a produção do vídeo institucional, temos também o planejamento de um ônibus de turismo em Londrina, são vários pontos que nos ajudaram a termos esse selo A”, afirma.

Com a nova categoria, Londrina tem condições de captar recursos do governo federal e estadual para investimento no turismo na cidade. “Londrina ganha conceito, respeito, credibilidade. Agora vamos ter condições de receber mais empresários, empresas, investidores, porque acreditam que a cidade está preparada”, explica o presidente do Paraná Turismo, João Jacob Mehl. Por chegar a esta categoria, a cidade pode receber quantia específica para o setor. “O Ministério do Turismo concede R$ 1 milhão por ano por estar na categoria A, desde que apresente projeto compatível ao município”, explica o presidente.

PORTAL DA ILHA DO SOL

A expectativa é de que a cidade se desenvolva como polo regional, expandindo o turismo para as cidades próximas. O secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes, esteve na solenidade e conta com o potencial do município no setor de eventos e negócios para a circulação dos visitantes na região. "O turismo de negócios acaba se transformando em rodoviário. Então, as pessoas que descem aqui, acabam indo até Primeiro de Maio; projeto Angra Doce; Pico Agudo, em Sapopema; outros vão para as cachoeiras de Tamarana, então o turismo vai crescer e de se desenvolver muito na região”, argumenta.

Com base nisso, o governo estadual aposta na marca da cidade como o Portal da Ilha do Sol, o que segue a linha das outras duas cidades classe A do turismo: Curitiba, o coração da grande reserva da Mata Atlântica; e Foz do Iguaçu, o corredor das águas. “Temos aqui aeroportos, condições diferenciadas de transporte. Então, a nossa ideia é de que as pessoas de todo o Brasil possam descer em Londrina e daqui esse turismo vai ser difundido em toda a região”, afirma.

CENTRO DE EVENTOS

Apesar da união de todos os segmentos para a conquista da nova categoria para a cidade, faltou ainda o projeto de um centro de eventos para receber melhor as feiras de negócios para a cidade. “O centro de convenções, na minha opinião, é um pilar fundamental que vai fazer com que Londrina receba grandes eventos no Brasil e nós estamos caminhando muito bem para que, em conjunto com a iniciativa privada, tragamos um centro de convenções modular, o que vai fomentar ainda mais o turismo de negócios e eventos da nossa cidade. Está encaminhado”, responde o prefeito.

Sem dar detalhes do projeto, o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo falou que é uma proposta em andamento. “Está nas diretrizes do município a construção do centro de eventos e a cidade comporta. Sempre que existe possibilidade de comportar financeiramente um empreendimento, é natural que acabe acontecendo. Claro, cabe a prefeitura e governo dar incentivo, mas acima de tudo, que a iniciativa privada perceba a oportunidade e acaba fazendo”, afirma.

Ao todo, 2.694 cidades de 333 regiões turísticas do país foram validadas pelo Ministério. Destas, 217 cidades e 14 regiões são do Paraná, que se dividem entre cinco categorias, de A a E. De acordo com Mehl, o Paraná aumentou em 23% o número de estabelecimentos registrados no Cadastur, um dos novos critérios estabelecidos pelo Ministério, que também recomenda a participação dos municípios em instâncias de governança e em Conselho Municipal.

A classificação serve como acompanhamento do desempenho das economias turísticas locais e subsidia a priorização de investimentos do governo federal, incluindo ações de infraestrutura, qualificação profissional e promoção dos destinos. O novo Mapa do Turismo Brasileiro 2019-2011 está disponível para consulta no site: www.mapa.turismo.gov.br (Com Agência Estadual de Notícias)