Imagem ilustrativa da imagem Londrina inicia 2022 com saldo positivo de 658 vagas de trabalho
| Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil

Somadas as contratações e descontados os desligamentos, Londrina registrou saldo positivo de empregos em janeiro de 2022, com a criação de 658 novos postos de trabalho, uma variação positiva de 0,44%. O número, porém, ficou abaixo do computado em igual mês de 2021, quando o município gerou 1.260 vagas formais. Os dados são do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Os números consideram apenas contratos com carteira assinada regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Em relação aos setores de atividade econômica, Londrina teve destaque no setor de serviços, onde foram geradas 623 novas vagas de trabalho no primeiro mês do ano. Na sequência aparece a construção civil, com a criação de 184 postos formais de trabalho no período. O destaque negativo foi o comércio, com uma retração importante que resultou em saldo negativo de 238 vagas no último mês de janeiro.

"Em janeiro de 2021, estávamos com uma base de desempregados muito grande, então a resposta acaba sendo muito maior do que agora, que saímos da geração de praticamente oito mil postos de trabalho com carteira assinada em 2021 para Londrina”, analisou o economista Marcos Rambalducci, coordenador do NuPEA (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas) da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), campus Londrina. Londrina encerrou 2021 com saldo positivo de 7.927 vagas.

A retração expressiva no setor do comércio em janeiro deste ano está relacionada a um comportamento já esperado em razão dos desligamentos dos trabalhadores temporários contratados para suprir a demanda de dezembro, segundo o economista. “Trabalhávamos com uma perspectiva otimista, visto que Londrina cresceu mais que a média nacional em termos de PIB (Produto Interno Bruto) e tal feito poderia trazer as condições para continuarmos a criar postos de trabalho formais. No entanto, um novo cenário foi construído e precisaremos esperar que haja mais clareza em relação às expectativas de inflação e os demais impactos trazidos pela guerra entre Rússia e Ucrânia.”

REGIÃO METROPOLITANA

A Região Metropolitana de Londrina encerrou o mês de janeiro com 943 novos postos de trabalho. Atrás de Londrina (658), aparecem Ibiporã, com 229 vagas de emprego, Rolândia (94) e Cambé (48). Dos cinco municípios que compõem a RML, apenas Arapongas teve um número maior de desligamentos do que de admissões, com saldo negativo de 86 vagas.

O maior destaque da RML foi o setor de serviços, com 710 postos criados, seguido da construção civil (209), agropecuária (163) e indústria (128). Apenas o comércio teve saldo negativo, com a perda de 267 postos formais.

“Em Arapongas, o setor moveleiro, muito focado em produtos para rendas menores, está com seu parque industrial bastante ocioso, face à perda de renda das classes C e D que sofrem mais pela perda do poder aquisitivo provocado pela alta da inflação e, mais especialmente, pela alta nos alimentos”, avaliou Rambalducci.

PARANÁ

Entre as maiores cidades do Paraná, Curitiba teve o melhor resultado em geração de vagas, com saldo positivo de 7.288 novos postos de trabalho em janeiro. Em seguida estão Maringá (1.045) e Cascavel (808). Londrina, o segundo maior município do Estado, aparece na quarta colocação, com 658 empregos formais criados no período.

Os grupos de atividades econômicas que tiveram maior destaque no Paraná foram serviços, com saldo positivo de 11.782 vagas, informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (9.772) e atividades administrativas e serviços complementares (8.219).

BRASIL

No Brasil, o Novo Caged apontou a criação líquida de 155,1 mil empregos com carteira assinada em janeiro. O saldo é resultado de 1,7 milhão de contratações e 1,6 milhão de desligamentos. O dado ficou 38% abaixo do registrado em janeiro de 2021, quando o saldo líquido foi de 254,3 mil, considerando ajustes, ou seja, dados entregues pelas empresas após o prazo.

O levantamento do governo federal mostra um fechamento de 60 mil vagas no comércio, único setor com resultado negativo no mês. O saldo reverte o desempenho de um ano atrás, quando o segmento criou 10,1 mil vagas.

Por outro lado, janeiro foi beneficiado pela criação de empregos puxada por serviços (102 mil postos), indústria (51,4 mil), construção (36,8 mil) e agropecuária (25 mil).(Com Folhapress)

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