Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, mostram que Londrina registrou saldo positivo de 3.374 empregos com carteira assinada durante o primeiro semestre deste ano. O número é resultado de 46.868 admissões e 43.494 demissões no período.

Os números consolidados do semestre foram calculados pelo Nupea (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas) do campus Londrina da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Em junho, o saldo ficou em 769 vagas, o terceiro melhor do semestre, atrás de maio (908) e fevereiro (866). O resultado de junho marca uma recuperação após dois meses de desempenhos mais fracos: março (22), e abril (171).

O setor de serviços foi o maior responsável pelo saldo positivo de empregos na cidade em junho, com 635 vagas positivas, seguido por construção (55), indústria (53), comércio (27). Apenas a agropecuária teve retração de uma vaga.

O secretário municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Gustavo Santos, lembrou que, além de criar um ambiente favorável e de confiança, a prefeitura também tem qualificado o trabalhador para as oportunidades. “Investimos mais de R$ 200 mil em contratações diretas em cursos de qualificação profissional em diferentes áreas, além de todas as oportunidades dos programas de gratuidade de parceiros que fazemos chegar ao trabalhador. Isso permite que, quando surgir a chance de emprego, o londrinense esteja capacitado e pronto para abraçar a oportunidade”, garantiu o secretário.

O presidente da Codel, Bruno Ubiratan, destacou o programa de qualificação em tecnologia que a prefeitura desenvolveu. “Preparar o trabalhador para as oportunidades é extremamente importante. Acreditando nisso, nesta semana, a Codel abriu inscrições para o maior programa de formação em tecnologia do país, o Empregatech, que vai começar a suprir a demanda da área de TI na nossa cidade. Essa é só mais uma das muitas ações que a Prefeitura vem fazendo para dar condições do londrinense conquistar a sonhada vaga no mercado de trabalho”, frisou Ubiratan.

REGIÃO

Na Região Metropolitana de Londrina, o semestre terminou com 5.032 vagas positivas. Além de Londrina, com o saldo de 3.374, o indicador leva em conta os números de Rolândia (679), Ibiporã (482), Cambé (396), e Arapongas (101).

Já em relação aos dados de junho, apenas Ibiporã não apresentou evolução positiva na geração de empregos com carteira assinada. Foram 74 postos perdidos. Enquanto isso, Cambé registrou 104 vagas positivas, Arapongas, 60; e Rolândia, 19. Na região, o setor que se destacou em relação a geração de empregos formais foi o de serviços com 710 postos, seguido da indústria com saldo de 115 postos.

O destaque negativo ficou com a agropecuária, com perda de 64 postos com carteira assinada, lembrando que o setor já vinha com saldo negativo de 73 postos no mês de maio.

O Paraná foi a quarta unidade da federação a apresentar o melhor saldo absoluto na geração de empregos com carteira assinada, resultado de 144.112 contratações e

130.051 desligamentos, resultando um saldo positivo de 13.376 novos postos de trabalho, o que representou avanço de 0,49% em relação ao estoque de trabalhadores em maio.

BRASIL

Em junho, foi registrada a abertura de 277,9 mil vagas de emprego com carteira assinada no país, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

O saldo foi resultado de 1,898 milhão de contratações e 1,621 milhão de desligamentos no mês, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

A abertura de vagas formais no mês mostra uma tendência de aquecimento do mercado de trabalho no ano.

Em janeiro foram criados 155,5 mil novos contratos e em fevereiro, 336,6 mil. A partir de março, o resultado foi menor. Foram 91,2 mil novos postos de trabalho em março, seguidos de 199 mil em abril, e 274,6 mil em maio.

Junho, que teve abertura de 277,9 mil vagas, seguiu a tendência de reaquecimento no mercado formal. O resultado de junho é o segundo melhor do ano.

Neste ano, o Caged sofre a influência do fim gradual dos efeitos do programa emergencial de manutenção de emprego. Criada na pandemia, a medida foi considerada fundamental por especialistas para sustentar o mercado de trabalho durante o auge da crise da Covid-19.

Agora, o ministério avalia que o término do programa e o fim da proteção dos vínculos empregatícios façam os dados dependerem mais do desempenho da atividade econômica.

No acumulado de janeiro a julho, o saldo no mercado de trabalho formal brasileiro é positivo, com 1,334 milhão de novas vagas.

No mesmo período do ano passado, haviam sido abertos 1,478 milhão de empregos com carteira assinada.

O saldo de junho (criação de 277,9 mil vagas) reflete o desempenho positivo em todos os cinco grandes setores da economia brasileira. O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que abriu 124,5 mil vagas de emprego no mês.

Em seguida figuram comércio (47,1 mil), indústria ( 41,5 mil novos postos), agropecuária (34,4 mil vagas abertas) e, por último, construção (30,2 mil).

O salário médio de admissão no país continua abaixo de um ano antes. Em junho, o indicador ficou em R$ 1.922,77-abaixo do patamar de R$ 2.026,10 registrado no mesmo mês de um ano atrás, com correção da inflação. (Com Folhapress)