Londrina é vista como modelo de ecossistema referência no Brasil
Primeiro painel do Festival Internacional de Londrina apresentou resultados de diferentes cidades e destacou Londrina como exemplo a ser seguido
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 05 de dezembro de 2024
Primeiro painel do Festival Internacional de Londrina apresentou resultados de diferentes cidades e destacou Londrina como exemplo a ser seguido
Maria Tereza Nascimento
Nesta quinta-feira (5), teve início o 1° Fiil (Festival Internacional de Inovação de Londrina) no Parque de Exposição Ney Braga. O evento, que segue até domingo (8), teve 1.500 inscrições e diversas startups presentes já no primeiro dia.
Dentro da programação, o painel “Ecossistemas - Inovação em Movimento: A Evolução dos Ecossistemas Brasileiros” apresentou os conceitos da Estação 43 e do ecossistema de Londrina. De acordo com o palestrante e diretor superintendente do instituto, Roberto Moreira, o festival foi resultado de um processo de aceleração. “Nós fomos acelerados por esse programa do Sebrae, que teve a participação de mais quatro ecossistemas de fora de Londrina que vieram para cá entender um pouco sobre nós”.
O painel também apresentou as particularidades e resultados que os ecossistemas de Itajubá (MG), Florianópolis (SC), Caxias do Sul (RS) e Londrina alcançaram. “Isso mostra que cada um está indo num caminho diferente, mas na prática está desenvolvendo sua própria localidade”.
Segundo Moreira, Londrina é vista como referência nacional por ter sido pioneira na metodologia que estrutura o ecossistema. Como resultado, neste ano a cidade já recebeu 34 comitivas de ecossistemas para conhecerem melhor esse processo desenvolvido aqui. Além disso, ele nomeia Londrina como a capital do estado quando o assunto é inovação e tecnologia. “Amanhã nós iremos ter um encontro estadual de ambientes de inovação. Então várias lideranças vêm aqui para Londrina para participar do nosso festival e, assim, a cidade ganha um destaque por estar realizando esse evento”.
ALIANÇA ESTRATÉGICA ENTRE LONDRINA E MARINGÁ
Para expandir horizontes e unir cidades bem posicionadas em inovação, a Estação 43 reuniu os pontos em comum de Londrina e Maringá para reforçar uma cooperação entre elas. “O ecossistema de inovação de Londrina tem alguns projetos, assim como o de Maringá, e isso tem dado resultado”. O superintendente cita um bom exemplo: um evento que acontecia anualmente em Londrina e outro em Maringá. A partir da união das duas regiões, agora há apenas um evento que é realizado em uma cidade por vez, nomeado como EcoTicNova. “Essa é uma prova de que quando a gente tira as diferenças de lado, a gente ganha como região, como cidade”, expressa.
PROCESSO IDEAL PARA O BRASIL
Responsável por implantar a Lei Municipal de Inovação em Florianópolis, Marcus José Rocha, que é Conselheiro do Conselho Municipal de Inovação de Florianópolis, também estava presente no painel. “A gente acompanha com muito carinho o que acontece aqui em Londrina como um grande exemplo a ser seguido”, aponta.
Rocha ainda julga que o processo adotado por Londrina é o ideal para o Brasil. “Londrina faz um trabalho que começa dos setores econômicos mais importantes para a cidade - com execução de projetos -, para depois compor organismos e estruturas maiores para organizar a governança do ecossistema”, detalha. Para Florianópolis, esta é uma grande lição, já que a cidade ainda está no processo de implantar a setorização e segue sempre olhando para Londrina como referência.
CIDADES INTELIGENTES
Segundo o conselheiro de inovação, uma cidade inteligente é aquela que traz uma inovação que gera vantagem competitiva para a organização que a desenvolve, como uma empresa. Ele cita que Londrina é capaz de se tornar uma cidade mais inteligente a partir de inovação unida com seu respectivo ecossistema. “É por meio desse trabalho que novas tecnologias, novas empresas, novas ações e soluções são criadas para tornar Londrina uma cidade mais competitiva em relação a outras que têm o mesmo perfil, não só no Paraná, nem no Brasil, mas no mundo”.
O profissional ainda reforça que as discussões do evento são de alto nível, além de terem qualidade de conteúdo e interação. “Experiência muito boa e evento muito organizado. É difícil a gente encontrar isso no Brasil".
Além deles, o painel contou com a participação de Marcus Vinicius Bezerra, Gerente de Inovação – Sebrae/SE, Mauricio de Pinho Bitencourt, Diretor Geral da Associação Itajubense de Inovação e Empreendedorismo (INOVAI) e Katherin Misura de Oliveira, Analista de Projetos de Inovação – Sebrae/RS.
O evento segue até domingo (8) e as inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site fill.estacao23.com.br