As provas de laço voltarão a acontecer no Campeonato Quarto de Milha, que começou no último sábado (14) e vai até 22 de julho no Parque Governador Ney Braga, em Londrina. Essa é a síntese da decisão proferida pontualmente às 18h24 desta segunda-feira (16) pela desembargadora Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes, da 4ª Câmara Cível do TJ (Tribunal de Justiça do Paraná), que derrubou a liminar de primeiro grau, deferida pelo juiz da 2ª Vara Cível de Londrina, Luiz Gonzaga Tucunduva de Moura. Ele chegou a aplicar multa de R$ 100 mil para cada prova que fosse realizada em desconformidade com a determinação judicial.

Imagem ilustrativa da imagem Justiça libera provas de laço no Campeonato Quarto de Milha
| Foto: Assessoria ABQM


Tudo começou quando o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, de São Paulo (SP), questionou as atividades com laço. Ciente da liminar conquistada pela entidade menos de 24 horas da abertura do evento, a diretoria da ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Quarto de Milha) iniciavam uma verdadeira procissão jurídica. Primeiro os organizadores pediram que o juiz Moura reconsiderasse a decisão, argumentando que há fiscalização e assistência veterinária aos animais que participam das provas.

A tentativa, entretanto, naufragou. O magistrado escreveu que as alegações da associação "não podem afastar com certeza científica o risco dos cavalos e bezerros". Sem uma resposta do TJ, a assessoria da competição, que promete movimentar até R$ 12 milhões na economia local, disparava comunicados nas redes sociais e no site oficial sobre o adiamento das provas de laço. Assim que souberam da análise da desembargadora, o que consideraram como uma "vitória", representantes da ABQM resolveram comemorar.

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| Foto: Assessoria ABQM


Esta é a quarta vez que Londrina sedia o Quarto de Milha. Na década de 80, foi palco de etapas promovidas individualmente em 83, 84 e 85. Mais de cinco mil pessoas se inscreveram para o torneio, que deve contar com 1,8 mil cavalos e até mil competidores.