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Economia 5m de leitura

Juros futuros têm viés de alta com dólar forte no exterior

ATUALIZAÇÃO
19 de julho de 2019

Karla Spotorno
AUTOR

Os juros futuros abriram com viés de alta nesta sexta-feira, 19, de agenda local fraca, liquidez baixa e dólar forte no exterior. O movimento é um ajuste à queda perto do fim da sessão de quinta motivada pela fala do presidente do Fed Nova York, John Williams. Ele defendeu a necessidade de "medidas rápidas quando confrontados com condições econômicas adversas". À noite, um porta-voz da própria distrital divulgou que a fala de Williams não sinalizava ação de política monetária, como havia sido interpretado. O DI para janeiro de 2020 abriu a 5,70% ante 5,68% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2021 abriu a 5,54% ante 5,52% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2023 abriu a 6,36% ante 6,35% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2025 abriu a 6,95% ante 6,93% no ajuste de quinta. O dólar está forte ante o real e outras moedas emergentes assim como perante as desenvolvidas, como mostra o Dollar Index (DXY).

Assim como nos últimos dias, a agenda doméstica nesta sexta-feira é fraca. O fato de o governo Bolsonaro ter desistido na última hora de anunciar a liberação do FGTS foi lido de formas distintas por agentes do mercado. Houve quem dissesse que não faz diferença, justificando que "liberar o FGTS é voo de galinha". E houve quem questionasse o porquê da demora da equipe econômica em executar a agenda de estímulos à economia. No vácuo do Congresso Nacional por causa do recesso, alguns entendiam que esse momento seria o ideal para o anúncio de medidas microeconômicas. Passado o contratempo, "o foco se volta para discussões em torno do que será o programa de saque do FGTS", como afirmam os analistas da Guide Investimentos.

Voltando ao exterior, os índices acionários futuros de Nova York e algumas bolsas da Europa estão em alta "com investidores à espera da divulgação de mais balanços nos EUA". Alguns resultados de grandes corporações, em especial de bancos, trouxeram lucros acima do esperado. Esse ambiente positivo pode contrapor o dólar forte e trazer uma contrapartida para eventual ajuste para baixo em ativos domésticos.

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