Junho iniciou com aumento no preço da gasolina. O reajuste se deve ao novo cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que muda para o regime monofásico com preço fixo em todo o Brasil. No Paraná, a medida deverá elevar em R$ 0,22 o preço base do combustível. Antes da mudança no cálculo do imposto, o litro do gasolina nos postos era vendido por cerca de R$ 5.

A partir de 1 de julho, um novo aumento está previsto em razão do retorno da cobrança dos impostos federais PIS e Cofins, o que deverá forçar um reajuste de R$ 0,34 no preço da gasolina e de R$ 0,22 no etanol hidratado.

Como se trata de imposto, a tendência é que as distribuidoras façam o repasse das altas imediatamente aos postos.

Em nota, o Paranapetro (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná) divulgou que o Mutirão do Preço Justo, realizado pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e Procons de todo o país, constatou que as distribuidoras não repassaram aos postos a redução total esperada com a mudança na política de preços praticados pela Petrobras, anunciada na semana passada pelo governo federal.

Antes da mudança no cálculo do imposto, o litro do gasolina nos postos era vendido por cerca de R$ 5
Antes da mudança no cálculo do imposto, o litro do gasolina nos postos era vendido por cerca de R$ 5 | Foto: Roberto Custódio

O secretário da Senacon, Wadih Damous, informou que houve, em média, redução de preços dos combustíveis em todo o país, mas a redução total não foi efetivada. “Por isso, vamos notificar as distribuidoras para que expliquem por que a redução total não foi aplicada. Nosso trabalho permanente não acabou.”

A Paranapetro reforçou que os postos não podem comprar gasolina e diesel diretamente das refinarias, sendo obrigados a adquirir o produto das distribuidoras. Assim, os postos se baseiam nos repasses das companhias de distribuição para compor seus preços.