O objetivo da ação do Ipem é verificar possíveis erros contra o consumidor, como as bombas que entregam menos do que está sendo pago e também a segurança dos equipamentos
O objetivo da ação do Ipem é verificar possíveis erros contra o consumidor, como as bombas que entregam menos do que está sendo pago e também a segurança dos equipamentos | Foto: Ipem/Divulgação

O Ipem-PR (Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Paraná) está realizando há dois meses uma fiscalização nos postos de combustíveis de Londrina. O objetivo da ação é verificar possíveis erros contra o consumidor, como as bombas que entregam menos do que está sendo pago, e também outros aspectos, como a segurança, são avaliados pelo órgão.

Números atualizados nesta quinta-feira (13) mostram que já foram verificados 662 bicos de abastecimento na cidade, sendo que 140 foram reprovados pelo Ipem-PR em 15 postos. Essas reprovações ocorrem quando o equipamento está em mau estado de conservação - com dígitos apagados ou mangueiras danificadas, por exemplo - ou apresenta alguma irregularidade. Mas em dois bicos foram encontrados problemas conhecidos como “bomba baixa”, que é quando o combustível é comercializado em uma quantidade menor do que está registrado na bomba.

O gerente da regional do Ipem-PR em Londrina, Marcelo Trautwein, explica que em um desses bicos, com diesel, a diferença foi de 180 ml em 20 litros; em outro, com gasolina, a diferença foi de 140 ml - o máximo tolerado é de 0,5% dos 20 litros, ou 100 ml, segundo o gerente. Foram lavrados os autos de infração e as empresas têm prazo para apresentar a defesa administrativa junto ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Mas apesar de esse ser o aspecto que chama mais a atenção, Trautwein ressalta que o Ipem-PR verifica outros itens nos postos, como fios elétricos descascados, mangueiras com vazamentos e lacres em equipamentos.

“É a segurança de quem está comercializando o combustível, de quem está abastecendo e para os nossos técnicos, que estão fazendo essas verificações”, citando que um vazamento pode contaminar o solo, por exemplo.

“Mas o principal é se está entregando o volume que o consumidor está pagando. Se você pagar R$ 100 ou R$ 50, tem que levar esse valor de combustível no seu tanque”, exemplifica.

Desde o início das fiscalizações, o Ipem-PR passou por cerca de 60 estabelecimentos em Londrina, sendo que a cidade tem 110 postos de combustíveis. “Esses problemas de ‘bomba baixa’, ano a ano nós apertamos a fiscalização e é mais difícil de encontrar problemas nos postos”, diz Trautwein.

RECOMENDAÇÕES

O gerente regional do Ipem-PR ressalta que os motoristas devem ter paciência durante o abastecimento e verificar os marcadores de valor e litro nas bombas. “Precisa ver se os marcadores partem do zero. Não pode ter nada”, pontuando que também é importante confirmar se as bombas estão com o selo do Inmetro.

Outra dica é exigir o cupom fiscal, que é um comprovante de que o consumidor abasteceu no estabelecimento. “Se o combustível fizer seu carro falhar ou causar algum dano, você vai ter uma prova para reivindicar no Procon ou na ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis].”

Além disso, todo consumidor pode pedir que o posto faça o teste de volume, utilizando a medida padrão do Ipem-PR de 20 litros.

DENÚNCIAS

Denúncias podem ser feitas à Ouvidoria do Ipem-PR, pelo e-mail [email protected], pelo site www.ipem.pr.gov.br, no link “Ouvidoria”, ou pelo telefone 0800 645 0102, que funciona das 8 às 12 horas, e das 13 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.