O governador eleito Ratinho Júnior afirmou na última segunda-feira (26), em evento com investidores da Copel na Bolsa de Nova York (Nyse), que discute com a diretoria da empresa a venda de ativos que não são diretamente ligados aos serviços de energia elétrica. O plano inclui vender a Copel Telecom para dar mais agilidade e competitividade no mercado de telefonia, conforme informação do jornal "Valor Econômico" confirmada pela assessoria de Ratinho. Porém, a medida atinge também a não citada Sercomtel.
A Copel detém 45% das ações e é insistentemente citada como única salvação da telefônica londrinense, por ter uma capacidade de investimento que a Prefeitura de Londrina, dona dos outros 55%, não tem. O interesse em vender a Copel Telecom, em um pacote que incluiria a Sercomtel, também já esteve na mira do mercado.
Em fevereiro deste ano a TIM foi apontada como uma das interessadas em empresas regionais, que quase dobraram a participação no mercado de banda larga em um ano. Os controladores da gigante italiana estão apenas à espera da abertura formal do processo de venda da Copel Telecom e também da Cemig Telecom.
Em Nova York, Ratinho descartou vender os braços de energia da Copel, mas citou estudos para a venda de ativos "Vamos discutir a venda da Copel Telecom em um momento oportuno", disse.
No entanto, também não estão descartados outros modelos de composição acionária. A equipe de transição do governador eleito estuda os formatos, mas somente se pronunciará sobre o tema a partir de 1º de janeiro.
O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, disse que ainda não conversou com o governador eleito sobre o tema e não quis comentar o interesse na venda da Copel Telecom. Ainda, considerou que não há relação no negócio com a Sercomtel. (F.G.)