Assunto foi discutido durante reunião da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura de Londrina e Região, formada por entidades do setor produtivo
Assunto foi discutido durante reunião da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura de Londrina e Região, formada por entidades do setor produtivo | Foto: Saulo Ohara



O superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) em Londrina, Ademir Gauto, afirmou nesta quinta-feira (8) que há expectativa de antecipar, para o início do segundo semestre deste ano, o prazo de entrega do projeto de ampliação da pista do Aeroporto Governador José Richa. Apesar de a empresa responsável ter até dezembro para concluir o plano técnico, ele disse que houve o compromisso, informal, de antecipar a conclusão. Assim, seria possível que o órgão pudesse lutar para a inclusão dos recursos para a obra já no orçamento do governo federal de 2019. A declaração foi durante reunião da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura de Londrina e Região, formada por entidades do setor produtivo, na Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina).

Gauto disse que, desde a última reunião do grupo, em dezembro, já foi concluída toda a coleta de informações em campo. "Pelo edital, a previsão de conclusão é de um ano, mas a empresa nos promete antecipar esse prazo. Estimamos que tenhamos o projeto pronto no fim do primeiro semestre deste ano", afirmou. Ele considerou que, assim, será possível antecipar o debate sobre recursos para este ano. "Se tiver o projeto em dezembro, teria de me preparar para começar a falar sobre o assunto no ano seguinte."

O deputado estadual Tiago Amaral (PSB) lembrou que é no segundo semestre que o orçamento do ano seguinte é fechado. "Em dezembro já estaria fechado, portanto, com pouquíssimas possibilidades de ajustes para inclusão desses valores", disse. Para Gauto, o projeto é visto com bons olhos dentro do órgão aeroportuário, que até o momento não considerou a possibilidade de incluir Londrina na lista de aeroportos aptos a concessões à iniciativa privada, o que poderia significar a transferência da responsabilidade pela obra.

Ainda com disputas judiciais sobre desapropriações entre a Prefeitura e proprietários de terrenos para a ampliação da pista, a expectativa é que os 17 acordos que ainda faltam se resolvam em até 90 dias, disse o presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Claudio Tedeschi. Ele contou que o economista da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Rubens Bento, afirmou que três registros devem ser concluídos até o dia 20 e três inventários, em até três meses, ainda que 11 processos dependam de sentença na Justiça. "Rubens colocou que está tudo bem adiantado e não há problema maior. A posse da Prefeitura é imediata com a declaração de utilidade pública das áreas e o dono tem o direito de recorrer sobre o valor, mas não tem implicação sobre a posse", afirmou Tedeschi.

Gauto alertou que é possível que as entidades busquem por recursos para licitação de equipamentos como o ILS (sistema de aterrissagem por instrumentos, na sigla em inglês). "Antes mesmo de o projeto estar pronto, já se pode buscar essas licitações. Só depende de uma luz verde para a Infraero de que a obra vai mesmo acontecer", afirmou. Segundo os representantes das entidades, o próximo passo é formalizar os pedidos de priorização do projeto a deputados da região e a representantes dos governos federal e estadual.

Contorno Norte
Na reunião, a comissão também definiu que pedirá ao governo do Estado que comece a obra do Contorno Norte pelo trecho 2, dos três em que foi dividido, e se possível neste ano. O trajeto vai da PR-445, próximo à indústria farmacêutica Sandoz, em Cambé, à via de ligação entre o distrito de Warta a Londrina. Leia mais sobre o projeto na edição da FOLHA deste fim de semana.