Inflação de Curitiba fica em 0,78%
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quarta-feira, 05 de abril de 2000
Carmem Murara
De Curitiba
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu em média 0,78% em março. Os números foram divulgados ontem e mostram que houve um aumento de 0,7 ponto percentual em relação a fevereiro, além de ter tido queda de 0,1 sobre março do ano passado.
O resultado foi influenciado basicamente pelo setor de transporte e comunicação que teve um aumento de 1,8%. A gasolina ficou 7,9% mais cara e a tarifa de ônibus encareceu 7,3%. Entre os produtos que ficaram mais baratos estão o ingresso para futebol com queda de 24%, algumas frutas, como a maçã, com 22,3% e o aluguel de telefone residencial com 18,5% de redução.
O segundo grupo que mais contribuiu para a inflação de março foi o de vestuário, com aumento de 2,0%. Os economistas do Ipardes avaliaram que a chegada das roupas de outono e inverno nas lojas contribuiu para encarecer os preços.
Dos 335 produtos pesquisados todos os meses pelo Ipardes, 173 tiveram aumento no preço e 138 apresentaram queda. Os 24 restantes mantiveram-se sem variação. Os pesquisadores calculam o custo de vida de famílias de Curitiba e Região Metropolitana que recebem entre um e 40 salários mínimos.
ComércioA Associação Comercial do Paraná divulgou ontem que as vendas no comércio curitibano tiveram aquecimento de 8,1% em março sobre o mesmo mês no ano passado. Sobre o mês de fevereiro o aumento foi de 11%. O vice-presidente de Serviços da ACP, Élcio Ribeiro, disse que o resultado nas vendas é um indicador de que a economia está apresentando uma recuperação lenta.
A queda dos juros e a ampliação da oferta de produtos a preços populares também teriam impulsionado as vendas. As vendas a prazo cresceram 7,6%, enquanto as vendas à vista subiram 3,4%.