A Adram, empresa de alimentos à base de milho com unidades em Faxinal (Vale do Ivaí) e Mauá da Serra (Centro Norte), demitiu mais de 50% do seu quadro de funcionários essa semana. Dos 485 colaboradores das unidades, 255 foram desligados.

As demissões começaram nesta quarta-feira (26), conforme informou o sindicato dos trabalhadores do setor. Ernani Garcia Ferreira, presidente do STIAA (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Apucarana e Região) e da FTIAPR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do Paraná), contou que a demissão em massa foi uma surpresa e que a empresa não entrou em contato com a entidade para discutir critérios para os desligamentos.

As rescisões dos contratos estão marcadas para o dia 6 de março, mas o sindicato teme que a empresa não tenha recursos para pagar os acertos dos trabalhadores, já que ela vem atrasando o pagamento de salários desde o ano passado e estaria dependendo de terceiros para o recebimento de verbas para as rescisões.

O sindicato também se preocupa com o futuro da empresa e com a preservação dos postos de trabalho que restam. “Estamos apreensivos com relação ao futuro das famílias dos funcionários e com a continuidade dos salários dos que ficam, com a viabilidade da indústria", afirmou Ferreira.

A Adram informou que não haverá mais demissões e que esclarecimentos serão prestados na semana que vem.

Para o presidente da STIAA e da FTIAPR, as demissões causarão um impacto considerável na economia de Faxinal e Mauá da Serra, já que a Adram seria a maior indústria alimentícia em ambas as localidades.