Londrina fechou o mês de setembro com 6% menos consumidores inadimplentes, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6) pelo SPC/Acil (Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina). O percentual de pessoas que conseguiram renegociar suas dívidas, “limparem” seus nomes e recuperarem o crédito tem como base o mesmo mês de 2022. No acumulado de 2023, no período que vai de janeiro a setembro, também houve redução de 6% no cadastro de devedores.

O economista e consultor econômico da Acil, Marcos Rambalducci, avalia que a melhora nos indicadores de inadimplência se deve à evolução positiva do emprego na cidade, tanto as vagas formais quanto as informais. Entre os postos de trabalho com carteira assinada, medidos pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, o último levantamento, divulgado no final de setembro, apontou um saldo positivo de 6.472 vagas formais de trabalho em Londrina de janeiro a agosto deste ano.

Segundo Rambalducci, o aumento de pessoas inseridas no mercado de trabalho traz otimismo à economia da cidade, especialmente na época em que se aproximam as datas comemorativas importantes para o comércio, como o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal.

NEGATIVADOS

Os dados do SPC/ACIL destacam dois índices: o dos consumidores entrantes, aqueles incluídos na restrição ao crédito, que deixaram de pagar alguma conta e tiveram o nome inserido no cadastro de inadimplentes, e os saintes, que estavam com o nome no cadastro de negativados, mas negociaram ou pagaram suas dívidas e ‘limparam’ o nome, recuperando o crédito.

Enquanto houve redução no número de inadimplentes, o SPC/Acil indicou aumento de 1,6% no número de consumidores que sem conseguir quitar suas dívidas no prazo acabaram incluídas no cadastro de devedores em setembro, em relação ao mês imediatamente anterior. Somando os resultados dos noves meses de 2023, também houve crescimento, de 1,41%, ante o mesmo período do ano passado.

Sobre a alta no índice de negativados, Rambalducci não considera esse um dado preocupante. “Como as exclusões têm sido em percentual maior que as inclusões, a base de clientes com condições de tomar crédito subiu em mais de mil consumidores desde janeiro de 2023”, destacou o consultor econômico.