Prefeito assina acordo de cooperação com o diretor-geral da Itaipu, Marcos Vitório Stamm, o superintendente da FPTI, Jorge Callado Afonso e o deputado federal Alex Canziani
Prefeito assina acordo de cooperação com o diretor-geral da Itaipu, Marcos Vitório Stamm, o superintendente da FPTI, Jorge Callado Afonso e o deputado federal Alex Canziani | Foto: Saulo Ohara


Londrina ganha em breve mais uma unidade da incubadora Santos Dumont, da FPTI (Fundação Parque Tecnológico Itaipu), vinculada à Itaipu Binacional. Um acordo de cooperação para a implantação foi assinado nesta segunda-feira (17) com a presença do diretor-geral da Itaipu, Marcos Vitório Stamm, do diretor-superintendente da FPTI, Jorge Augusto Callado Afonso, do prefeito Marcelo Belinati, do presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina) e outras autoridades.

"Londrina, sabidamente, é polo reconhecido de Tecnologia da Informação. Então, essa incubadora vem somar esse processo, e vai gerar resultados, desenvolvimento e emprego para a região", declarou Marcos Stamm, diretor-geral da Itaipu Binacional.

Desde que foi fundada na FPTI, a incubadora injetou cerca de R$ 52 milhões e gerou 1.600 empregos diretos e indiretos na região Oeste do Estado, afirma o diretor-superintendente da Fundação, Jorge Afonso. "Londrina é o primeiro caso que estamos nos instalando fora da Região Oeste e vindo para o Norte." A incubadora hoje tem 19 startups em suas três unidades, localizadas no Parque Tecnológico Itaipu, na Universidade Uniamérica, em Foz do Iguaçu, e na cidade de Marechal Cândido Rondon. Londrina terá a quarta unidade.

Ainda não há lugar definido para a instalação da incubadora, mas o primeiro edital deve ser lançado no início de 2019 e vai selecionar 45 ideias de negócios em uma primeira fase, com prioridade nas áreas de agro, cidades inteligentes e saúde e educação. Após fase de capacitação e de transformação das ideias em negócios, serão selecionadas nove startups para a segunda fase, de incubação. Poderão participar startups de todo o Estado e a ideia é que os editais sejam realizados anualmente.

Segundo Pedro Sella, gerente de Desenvolvimento de Negócios no Parque Tecnológico Itaipu e responsável pela incubadora do parque, as áreas prioritárias foram selecionadas de acordo com as potencialidades do Estado e com as áreas em que a Itaipu pretende direcionar o desenvolvimento no Paraná. Sella é ex-diretor de Ciência e Tecnologia da Codel. Jorge Afonso, da FPTI, diz que a prioridade é dada às startups de base tecnológica. "As que não tiverem, fazemos um link para que tenham."

Para selecionar as startups, a incubadora faz uma análise de viabilidade técnica, econômica, social e e até ambiental do negócio, afirma Afonso. "Existem orientações inciais, e após as orientações concluídas, a incubadora absorve essa intenção e a empresa fica na qualidade de incubada e vamos acompanhando todo seu desenvolvimento." A empresa pode ficar incubada por até um ano e meio.

"Muitas vezes quem tem uma ideia, uma intenção, não tem formação adequada e orientação de viabilidade do seu negócio. A incubadora está aí para isso", observa o diretor-superintendente da FPTI. "Em Londrina, pretendemos focar muito na questão de TI, que como já foi dito, é uma referência. E também no aprimoramento para a formação de pessoas na área para que a gente gere empregos de alto impacto."

CONSOLIDAÇÃO

Para o prefeito Marcelo Belinati, a incubadora em Londrina consolida a cidade como polo de TI. "É mais uma medida que vem a agregar a questão da TI em Londrina, que já se consolida como um dos maiores polos de TI do Brasil. Atraímos para cá a Tata (Consultancy Services), que vai gerar 4 mil empregos diretos, temos um APL (Arranjo Produtivo Local) de TI muito atuante, e esse trabalho em conjunto das entidades, instituições, APL de TI, Sercomtel, tem nos trazido grandes ganhos como agora com a Incubadora Santos Dumont, como a vinda da CTI (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer), da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial),e não tenho dúvidas que isso vai gerar emprego, renda e transformar a TI em um novo ciclo de desenvolvimento da cidade como foi o café na década de 70."