Imagem ilustrativa da imagem Inadimplência cai em janeiro, mas volta a subir nos outros meses em Londrina
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O londrinense voltou a ter o nome incluído em cadastros de proteção de crédito em março de 2018, depois de uma busca pela regularização em massa no mês de janeiro deste ano, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. A estatística é da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), que constata uma elevação de 29% de pessoas que conseguiram deixar a lista de inadimplentes no primeiro semestre deste ano quando comparado com 2017, com base nos cadastros do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito).

Segundo os números da Acil, em janeiro, o número de pessoas que buscaram regularizar a situação foi 280% maior que no mesmo mês do ano anterior, mas, ao longo dos demais meses, o número de consumidores que conseguiram sair do cadastro negativo foi menor do que as inclusões – no mês de março, quando se somam as dívidas contraídas desde dezembro e o vencimento de impostos, o número cresceu 71% em relação a março de 2017.

Segundo o consultor econômico da Acil, Marcos Rambalducci, o avanço do número de consumidores negativados em sistemas de proteção de crédito é resultado do desemprego formal em Londrina. "Temos, desde o ano passado, um aumento no volume de trabalhadores com registro em carteira desfeitos, e são justamente os trabalhadores formais que têm acesso a crédito", ressalta.

Para ele, o dinheiro que sobrou do fim do ano foi usado em janeiro foi usado para tentar tirar o nome da lista de restrições, mas, ao longo do ano, com a retração da renda, a situação financeira dos trabalhadores vai se complicando. "Londrina é forte no setor terciário, que engloba comércio e serviços. Com avanço do desemprego, a comissão reduz e o trabalhador pode não conseguir bancar os compromissos assumidos", afirma

Ainda de acordo com o economista, uma forma de aumentar o dinheiro circulando no comércio e serviços é ampliando o parque industrial da cidade. "O comércio faz com que o dinheiro circule dentro da cidade, mas não o multiplica, porque não traz recursos de fora. Isso só é possível com o turismo ou com a indústria, que traz produtos de fora e transformam em outro de maior valor agregado. Aí, esta riqueza produzida entra em circulação por meio do comércio", explica o consultor econômico.