Inadimplência cai em dezembro em Londrina, mas tem aumento no ano
Número de pessoas que conseguiram limpar o nome cresceu 3,7%, mas endividamento saltou 8,8% no acumulado de 2024
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Número de pessoas que conseguiram limpar o nome cresceu 3,7%, mas endividamento saltou 8,8% no acumulado de 2024
Reportagem local

Os índices do Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina (SPC/ACIL), referentes a dezembro, mostram que o número de consumidores que não conseguiram quitar suas dívidas em dia e tiveram o nome inscrito no cadastro de inadimplentes continua caindo, apresentando redução de 3,1% na comparação com dezembro de 2023. No acumulado do ano de 2024, no entanto, a inadimplência apresentou um aumento de 8,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, os consumidores londrinenses que conseguiram negociar ou pagar suas dívidas atrasadas, deixando o cadastro da inadimplência, aumentaram 3,7% em dezembro, em comparação com o mesmo mês de 2023. No acumulado do ano de 2024, o resultado foi ainda mais significativo, com um crescimento de 17,2% entre os consumidores que deixaram a inadimplência, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Esses números sugerem uma melhora na recuperação financeira de parte dos consumidores, indicando um possível fôlego maior para absorver os gastos típicos do primeiro trimestre de cada ano. No entanto, essa capacidade está condicionada a fatores como o cenário econômico geral, inflação e confiança do consumidor, que podem influenciar a disposição para consumir e tomar crédito”, destaca Marcos Rambalducci, consultor econômico da ACIL.
Os dados do SPC/ACIL apresentam dois índices: o dos consumidores entrantes (incluídos na restrição ao crédito), que deixaram de pagar alguma conta em dia e tiveram o nome inserido no cadastro de inadimplentes; e os saintes, que estavam com o nome no cadastro de negativados, mas negociaram ou pagaram suas dívidas atrasadas e ‘limparam o nome’, recuperando o crédito.
SERASA
Pesquisa da Serasa aponta que 55% dos brasileiros esperam gastar até R$ 4 mil com as chamadas despesas de início de ano. São gastos como seguros, matrículas de escolas e impostos, como IPVA e IPTU. Mas apenas 59% dos entrevistados afirmam ter se preparado financeiramente para pagar essas despesas. Os dados são de pesquisa feita pela Serasa.
O valor estimado de gastos é 21% maior que a renda média do brasileiro, estimada em R$ 3.279,00 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, e mais de duas vezes o salário-mínimo nacional, que atualmente é de R$ 1.518,00.
Para ajudar a equilibrar as contas, a Serasa recomenda que os consumidores façam um acompanhamento dos gastos durante todo o ano, anotando em uma planilha os valores mensais para cada categoria de despesa. O site da Serasa disponibiliza uma tabela financeira para ajudar o consumidor a fazer esse controle.(Com informações da Acil e Agência Brasil)

