O imobiliarista Raul Fulgêncio, da Raul Fulgêncio Negócios Imobiliários, afirmou nesta terça-feira (24) que está em negociação com a Angeloni para um possível retorno do supermercado à cidade. O empreendimento se instalaria no espaço até então ocupado pela sede administrativa da Belagrícola, o antigo EcoMercado Palhano.

Imagem ilustrativa da imagem Imobiliária negocia retorno da Angeloni a Londrina
| Foto: Anderson Coelho/29-05-2017

Segundo Fulgêncio, no entanto, o retorno da rede de supermercados a Londrina ainda não está oficializada. "Há a possibilidade. Não tem nada oficial, não podemos dar como oficial. Eles estão querendo entrar aqui, tiveram dificuldades por conta da Lei da Muralha, mas são meus clientes e desde então estamos tentado trazer." A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Angeloni, mas ainda aguarda retorno.

Conforme o imobiliarista, a rede "nunca desistiu" de voltar à cidade, após fechar em 2015 a loja inaugurada no Londrina Norte Shopping em 2012. "É uma conquista para a cidade e para eles." Na época do encerramento das atividades do supermercado, a rede afirmou apenas se tratar de questão de "reposicionamento estratégico".

A Angeloni enfrentou diversos obstáculos para se instalar em Londrina. Inicialmente, a primeira loja ficaria localizada na Av. Madre Leônia Milito, onde havia adquirido um terreno. Na época, a rede se deparou com a Lei da Muralha (9.869/05), que impedia a abertura de grandes supermercados na cidade. A lei foi derrubada apenas em 2012.

Também teve entraves relacionados ao zoneamento da rua que passa atrás do terreno onde o empreendimento seria originalmente instalado, na Av. Madre Leônia Milito, onde por determinação do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) deveria funcionar a carga e descarga do supermercado. O zoneamento da rua, no entanto, era residencial. A rede enfrentou ainda uma ação judicial contrária à mudança do zoneamento.

BELAGRÍCOLA

Por sua vez, a Belagrícola, que estava no espaço do antigo EcoMercado Palhano desde 2014, anunciou a mudança da sede administrativa para três andares do edifício Torre Siena, a poucos metros dali, também na Gleba Palhano. Recentemente, a empresa comemorou 35 anos de atividade.

Segundo nota da assessoria de imprensa, a mudança é "reflexo do atual momento". Com a pandemia do novo coronavírus, a empresa acelerou o uso de tecnologia para as atividades da sede administrativa, tornando obsoletos os espaços físicos da antiga sede.

"Antes recebíamos os colaboradores de nossas 54 filiais para treinamentos e reuniões. Hoje, temos capacidade para fazer isso com bastante competência por meio de plataformas digitais", disse a diretora de RH da empresa, Rebeca Lins, por meio da nota. De acordo com ela, as reuniões e treinamentos da empresa já são realizados remotamente, o que culminou em benefícios como redução de custo, ganho de tempo e mitigação de risco de acidentes em função de viagens pela equipe.

Os três andares da Torre Siena comportam todos os 190 colaboradores da sede administrativa simultaneamente, mas eles agora poderão optar por um sistema híbrido, de trabalho na sede da empresa em alguns dias e em casa nos outros.