IGP-M deve fechar o mês de maio em 0,8%
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quarta-feira, 09 de maio de 2001
Agência EstadoDo Rio
A primeira prévia de maio do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) fechou em 0,51%, pressionado principalmente pela alta nos produtos agrícolas. A estiagem aumentou o preço dos agrícolas. Além disso, o dólar não está cedendo e isto provocou algumas altas na indústria, explicou o chefe do centro de estudos de preços das FGV, Paulo Sidney Cota. O economista prevê que o IGP-M vá fechar o mês em torno de 0,80%.
O Índice de Preços no Atacado (IPA) registrou na primeira prévia deste mês alta de 0,58%. Os preços agrícolas subiram 1,43% contra 1,55% na primeira prévia de abril pressionados principalmente pelo leite in natura (5,33%), pela carne bovina (1,9%), carne suína (5,52%), aves vivas (1,39%) e aves abatidas (5,87%). A estiagem deve continuar fazendo os preços subirem, mas num ritmo menor do que o observado até agora, explicou.
Cota observou que também o aumento das exportações de carne colaborou na elevação dos preços deste produto. Mas agora os preços internos estão se equiperando aos do mercado internacional e portanto este movimento deve parar, explicou.
O IPA industrial teve alta de 0,27%, com destaque para os aumentos do óleo de soja (1,46%) e do cimento portland (7,02%). O IPA industrial também registrou algumas reduções, principalmente nos preços da gasolina (-1,72%) e do álcool hidratado (-,087%). A gasolina caiu devido à fórmula do governo e o álcool costuma acompanhar este movimento, explicou.
O Índice de Preços aos Consumidor (IPC) registrou na primeira prévia de maio alta de 0,48%, refletindo principalmente os aumentos nos preços agrícolas no atacado. O ítem alimentação teve aumento de 1,3% com destaques para o pão francês (5,74%) e o leite longa vida (4,33%). No caso do pão o aumento do dólar tem influência porque aumenta o preço do trigo, observou Cota. Também registraram aumento nos preços aos consumidor os itens habitação (0,36%), vestuário (1,19%) e educação, leitura e recreação (0,5%).