A primeira prévia de maio do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) fechou em 0,51%, pressionado principalmente pela alta nos produtos agrícolas. ‘‘A estiagem aumentou o preço dos agrícolas. Além disso, o dólar não está cedendo e isto provocou algumas altas na indústria’’, explicou o chefe do centro de estudos de preços das FGV, Paulo Sidney Cota. O economista prevê que o IGP-M vá fechar o mês em torno de 0,80%.
O Índice de Preços no Atacado (IPA) registrou na primeira prévia deste mês alta de 0,58%. Os preços agrícolas subiram 1,43% – contra 1,55% na primeira prévia de abril – pressionados principalmente pelo leite in natura (5,33%), pela carne bovina (1,9%), carne suína (5,52%), aves vivas (1,39%) e aves abatidas (5,87%). ‘‘A estiagem deve continuar fazendo os preços subirem, mas num ritmo menor do que o observado até agora’’, explicou.
Cota observou que também o aumento das exportações de carne colaborou na elevação dos preços deste produto. ‘‘Mas agora os preços internos estão se equiperando aos do mercado internacional e portanto este movimento deve parar’’, explicou.
O IPA industrial teve alta de 0,27%, com destaque para os aumentos do óleo de soja (1,46%) e do cimento portland (7,02%). O IPA industrial também registrou algumas reduções, principalmente nos preços da gasolina (-1,72%) e do álcool hidratado (-,087%). ‘‘A gasolina caiu devido à fórmula do governo e o álcool costuma acompanhar este movimento’’, explicou.
O Índice de Preços aos Consumidor (IPC) registrou na primeira prévia de maio alta de 0,48%, refletindo principalmente os aumentos nos preços agrícolas no atacado. O ítem alimentação teve aumento de 1,3% com destaques para o pão francês (5,74%) e o leite longa vida (4,33%). ‘‘No caso do pão o aumento do dólar tem influência porque aumenta o preço do trigo’’, observou Cota. Também registraram aumento nos preços aos consumidor os itens habitação (0,36%), vestuário (1,19%) e educação, leitura e recreação (0,5%).