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Ibovespa atinge nova máxima histórica no fechamento

Índice fechou aos 93.613,04 pontos, alta de 1,72%
Embalados pela perspectiva favorável de uma reforma da Previdência mais contundente aliada a um dia de bom humor nos mercados internacionais, os investidores deflagraram ordens de compra, levando o Ibovespa a renovar máxima histórica por mais um fechamento consecutivo nesta quarta-feira (9). O índice fechou aos 93.613,04 pontos, em alta de 1,72% com giro financeiro de R$ 16,4 bilhões. No intraday, o recorde foi de 93.635,82 pontos. Analistas notam que o movimento altista ocorre sem a presença maciça dos investidores estrangeiros, que ainda ensaiam a entrada na renda variável local. Segundo a B3, em janeiro, os investimentos de não-residentes acumulam saldo negativo de R$ 1,917 bilhão.

Dólar cai a R$ 3,6833, menor valor desde 26 de outubro
O dólar teve novo dia de queda e fechou no menor valor desde 26 de outubro do ano passado, quando estava em R$ 3,65. A desvalorização refletiu principalmente a fraqueza da moeda americana no exterior, mas também foi influenciada por expectativas positivas, sobretudo do investidor doméstico, com o avanço de uma reforma da Previdência mais profunda no governo de Jair Bolsonaro. Com isso, o real foi a divisa de país emergente que mais caiu perante o dólar, considerando uma cesta das 24 principais moedas mundiais. O dólar à vista fechou o dia em R$ 3,6833, com queda de 0,92%.
Só em 2019, a moeda americana já caiu 5%. Operadores observaram entrada de capital externo.

Juros futuros registram queda nas taxas intermediárias e longas
O bom humor dos investidores diante das sinalizações de uma reforma da Previdência mais robusta estendeu-se por todo o dia no mercado futuro de juros, que tiveram queda nas taxas intermediárias e longas, que ainda reservam algum prêmio de risco.O contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2020 teve taxa de 6,59%, ante 6,58% do ajuste de terça. O vencimento de janeiro de 2021 projetou 7,37%, a mesma do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2023 ficou em 8,40%, ante 8,43%. Na ponta mais longa, o vencimento de janeiro de 2025 teve a taxa reduzida de 8,94% para 8,89%.

Mercado otimista com proposta de reforma 'mais profunda'
A fonte do maior otimismo foi as sinalizações dadas na terça à noite pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que prometeu enviar ao presidente Jair Bolsonaro na próxima semana uma proposta de reforma "mais profunda", além de um plano de regime de capitalização para trabalhadores que ainda não ingressaram no mercado de trabalho. Apesar da cautela ante uma proposta ainda desconhecida, o mercado recebeu positivamente as indicações."A Previdência mais robusta foi o principal motivo para o ajuste e o cenário internacional reforçou esse comportamento", disse Luis Felipe Laudisio, operador da Renascença Corretora.