O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou este mês com mais destaque o desemprego para quem procurou trabalho nos 30 dias anteriores à sua pesquisa mensal (neste caso, a taxa nacional foi de 6,13% e a de São Paulo, de 7,02%). Este cuidado deveu-se à enorme polêmica que se estabeleceu na semana passada, quando a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicas (Dieese) divulgaram sua taxa de desemprego para São Paulo em setembro, de 16,3%, composta por 10,5% de desemprego aberto, 4,2% de desemprego oculto pela precariedade do trabalho e 1,6% de desemprego por desalento.
‘‘Jamais deixaremos de divulgar a nossa taxa de desemprego aberto, com a metodologia que usamos hoje’’, avisa a técnica do IBGE Shyrlene Ramos de Souza. Ela explica que esta metodologia segue as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que os resultados da pesquisa são comparáveis internacionalmente. ‘‘Por isso, nunca deixaremos de fazer a nossa pesquisa deste modo’’, reforçou.
Ela disse que o IBGE faz parte de um grupo do trabalho, integrado por outros institutos de pesquisa, como a própria Fundação Seade e o Dieese, mas cujo objetivo não é o de mudar a forma de apurar qual é o desemprego no Brasil. O que o IBGE vai fazer, explicou, será calcular indicadores complementares, para melhorar retratar o mercado de trabalho, a partir das discussões neste grupo de estudos.
No dia 3 o IBGE começará a fazer as entrevista de uma pesquisa nacional sobre o trabalho informal urbano. A intenção é a de apurar como trabalham as pessoas que estão fora do mercado de trabalho, como gerem seus negócios, quanto ganham, entre outras informações.