O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) concluiu 55% dos setores de coleta do recenseamento em Londrina, percentual que tem sido semelhante ao de outros municípios do Paraná. De acordo com o coordenador do IBGE em Londrina, Fábio Fujimoto, de um total de 915 setores censitários, em 405 esses trabalhos ainda não foram iniciados. “O panorama até o momento é de um total de 190.521 pessoas contabilizadas pelo Censo 2022 em Londrina, dos quais o número de homens é de 89.507 (46,98%) e o número de mulheres é de 101.014 (53,01%) da população. Ainda temos que verificar ainda se as informações condizem com a realidade”, declarou.

Segundo ele, dos 521 postos de recenseadores, apenas 360 foram preenchidos. “O trabalho está andando bem pelo número de recenseadores que conseguimos, apesar de fazermos convocações constantes.” Contudo, algumas equipes têm enfrentado entraves para aplicar os questionários. “As equipes têm encontrado as maiores dificuldades nos condomínios fechados. Os síndicos não dão abertura para conversar e para os recenseadores fazerem a visitação.” Ele relatou que esses síndicos nem chegam a responder o recenseador para ter acesso aos domicílios. “A gente está procurando conversar com esse pessoal deixando ofícios ou fazendo divulgação maior nos bairros para coleta do Censo Demográfico. Quando não tem resposta falamos sobre a lei da obrigatoriedade de fornecer informações, seja pessoa jurídica ou física para fazer o plano nacional estatístico. O Censo é de grande importância para o desenvolvimento de políticas públicas e a gente procura conscientizar essas pessoas sobre a importância disso”, expôs.

Ele destacou que pela Lei Federal 5.534/68, art. 2º parágrafo 1º há a previsão de multa de até dez vezes o maior salário mínimo vigente no País; e de até o dobro desse limite quando reincidente. O pagamento da multa não exonera o infrator da obrigação de prestar as informações dentro do prazo fixado no auto de infração que for lavrado. O infrator primário ficará dispensado do pagamento da multa que prestar as informações no prazo fixado no auto de infração.

Ele ressaltou que, normalmente, bairros mais periféricos recebem melhor os recenseadores. “O centro também tem sido tranquilo. Mas os condomínios fechados estão sendo difíceis. Outros locais em que há dificuldades são bairros em que há um pouco de problema em relação à segurança, em que os recenseadores são abordados por serem confundidos com agentes de forças policiais. Aconteceram alguns casos na Zona Leste, próximo ao contorno novo da avenida Robert Koch.”

Questionado sobre a comparação do andamento do trabalho na mesma fase em relação ao censo realizado em 2010, ele explicou que desde então as pesquisas domiciliares têm enfrentado mais dificuldade de acesso por causa do aumento dos casos de violência e pela dúvida por parte da população se o recenseador é do IBGE mesmo ou não. “Há casos de pessoas que são mais agressivas. Em Londrina, não houve caso algum de pessoa abordada que chegou às vias de fato por conta dessas dificuldades, mas tem ficado mais complicado fazer esse levantamento.” Ele informou que é possível verificar se o pesquisador é do IBGE ou não pelo telefone 0800 721-8181 ou pelo site respondendo.ibge.gov.br.

Ele explicou que, atualmente, o IBGE não está com processo seletivo aberto para o cadastramento de novos recenseadores. “Mas constantemente estamos abrindo novos processos seletivos. Para quem tiver interesse, ele orienta que as pessoas acompanhem a seção “Trabalhe conosco”, do IBGE, que informa sobre vagas pelo PSS (Processo Seletivo Simplificado) para o Censo e para outros cargos.

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