A experiência piloto do hospital inteligente em Londrina não tem data para sair do papel. De acordo com Eduardo Ribeiro Bueno Netto, diretor de Ciência e Tecnologia da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), a estruturação do projeto firmado com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), deve ocorrer em 2019. "O projeto ficou para 2019. Estamos no aguardo de como ficarão as coisas no ano que vem com a mudança de governo. A expectativa é que as coisas comecem a se desenrolar no primeiro semestre", afirmou o diretor.

A ABDI assinou um acordo de cooperação técnica com a prefeitura para instalação do escritório regional, implantação de um projeto de manufatura enxuta, que encerrou nesta quinta-feira (25) com a participação de dez empresas, e o hospital inteligente. A agência deve implantar a experiência piloto em unidade ambulatorial de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O diretor da Codel disse que ainda não foi definida qual a unidade de saúde receberá o projeto, nem os custos para implantação. "Com certeza, a ABDI vai colaborar e a prefeitura terá uma contrapartida financeira e de intelecto. Mas ainda não levantamos os valores, pois o projeto pode sofrer alterações", afirmou.

A proposta é instalar soluções para otimizar os recursos materiais e humanos. "A otimização dos recursos é o foco de uma cidade inteligente. Com essas soluções poderemos saber se está sobrando determinado material em uma UPA, ou tal hospital está com a UTI cheia", exemplificou Netto. "É esse grau de inteligência que queremos. São ferramentas que vão aumentar a qualidade de vida do médico, do enfermeiro e do paciente", completou, ressaltando que "esse é um processo que leva tempo para ser implantado".

A escolha de Londrina para receber o primeiro hospital inteligente do Brasil na cidade foi anunciada na quarta-feira (24) pelo diretor da ABDI Miguel Antonio Cedraz Nery, que participou do 2º Simpósio Inova Saúde (Ensino, Pesquisa e Inovação), em Londrina.