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. | Foto: Fabio Alcover/Arquivo Folha de Londrina

A Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Associação Médica de Londrina, Clube de Engenharia e Arquitetura, Secovi Regional Norte, Sescap, Sincoval, Sindimetal Norte do Paraná, Sinduscon Paraná Norte e Sociedade Rural do Paraná divulgaram em nota um manifesto sobre a greve geral desta sexta-feira (14).

Para as entidades, "em um período de grandes dificuldades para as empresas e para os trabalhadores, com a economia paralisada justamente à espera de medidas que combatam o desequilíbrio fiscal gerado pelos governos anteriores, a greve geral é absolutamente inoportuna e vai na contramão dos interesses do País".

As entidades acreditam que as maiores vítimas desta paralisia são os mais pobres. "Os trabalhadores que estão no mercado informal e não conseguem ocupação com carteira assinada, os jovens que se formam nas universidades e não têm perspectiva de emprego e as pequenas empresas, mais vulneráveis à baixa da atividade econômica", acrescenta a nota assinadas pelas entidades.

Além disso, o grupo entende que a aprovação da Nova Previdência é o passo mais urgente para o enfrentamento da crise no Brasil. "O novo sistema vai estancar a sangria abundante de recursos públicos, sangria esta que tira nosso vigor e compromete nosso futuro", pontua.

"É evidente que este não será o único passo para a recuperação econômica. Entretanto, é o mais simbólico aos olhos do mundo e aos olhos do mercado. Um fator de estabilização que dá novos horizontes à economia, amplia automaticamente a previsão de investimentos estrangeiros, reduz a percepção de risco de insolvência e dá mais tranquilidade para o governo e o Congresso negociarem o futuro da agenda reformista. Após vencer a crise econômica, o País precisa construir o mais rápido possível um Estado mais enxuto, moderno e eficiente", finaliza.

PARALISAÇÃO ESPONTÂNEA

O Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Londrina) confirmou, na noite desta quinta-feira (13), que deve acatar a decisão judicial que determina a livre circulação de ônibus em Londrina durante a greve geral marcada para esta sexta-feira (14) em todo o Brasil. A decisão foi assinada pelo juiz Fabiano Gomes de Oliveira, da 3ª Vara do Trabalho.

A ação foi impetrada pela TCGL (Transportes Coletivo Grande Londrina) após o Sinttrol anunciar que iria participar do ato junto com outras entidades sindicais. A decisão impede que o órgão bloqueie as entradas das garagens da empresa ou impeça o funcionamento das linhas. Inicialmente, o juiz fixou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. No entanto, conforme o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, a multa chegou a ser reduzida para R$ 200 mil e a decisão impede somente a participação da diretoria do sindicato e de trabalhadores do transporte coletivo nos piquetes.

"Sem entrar no mérito da injustiça contra a categoria, só nos resta informar que nossos diretores não estarão presentes em piquetes, mas manifestamos o nosso apoio à participação espontânea dos rodoviários como vai ocorrer em todo o Brasil. Também informamos da inconveniência da circulação dos ônibus na medida em que não temos domínio sobre os outros movimentos sociais", afirmou a diretoria do Sinttrol em nota.