SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo de São Paulo não aceitou os argumentos dos revendedores de veículos e manteve o reajuste no valor do ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

A decisão foi tomada nesta quinta (14), após uma longa reunião dos empresários com os secretários Henrique Meirelles (Fazenda e Planejamento) e Mauro Ricardo (Projetos, Orçamento e Gestão).

"Não teve jeito para nós, mas teve jeito para outros segmentos. E não conheço outro bem usado no Brasil que pague imposto, além de carro e moto, e pagamos seja em um carro com um ano de uso ou com 20 anos", diz Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto (entidade que reúne associações de revendedores de veículos).

Ele afirma que a associação entrará na Justiça para tentar reverter a decisão do governo e que haverá aumento das manifestações de revendedores.

Santos diz que a entidade apoia essas manifestações, desde que ocorram de forma ordenada e sem prejuízo à sociedade.

A partir desta sexta (15), a alíquota que incide sobre as negociações de carros usados passa de 1,8% para 5,5% e depois cai para 3,9% em abril.

Os carros zero-quilômetro também passam por reajuste do ICMS. No caso dos modelos novos, o tributo passará de 12% para 13,3% na sexta e sofrerá novo reajuste em abril, para 14,5%.