O Paraná não está sob a ameaça de racionamento de energia elétrica por enquanto. Ontem o governo federal descartou a inclusão, neste momento, dos Estados das regiões Sul e Norte no programa de racionamento. O anúncio foi feito pelo ministro Pedro Parente, responsável pelo programa de racionalização de energia no País. Segundo ele, as duas regiões são capazes de suprir a demanda local de energia. ‘‘Enquanto essas regiões continuarem produzindo mais energia do que consomem, elas estarão fora do racionamento’’, disse Parente.
Para reduzir o consumo de energia, o governo fixou o horário de funcionamento das repartições públicas das 8h às 17h. O uso de aparelhos de ar-condicionado e elevadores também deve ser controlado. Parente anunciou ainda a metas de economia de energia elétrica no setor público para os próximos meses. O governo espera que o consumo de maio seja 15% inferior ao total gasto no mesmo período do ano passado. O objetivo sobe para 25% em junho, e 35% a partir de julho.
O ministro lembrou ainda que os órgãos públicos federais devem se comprometer a poupar mais do que as metas estabelecidas pelo governo. ‘‘A economia dos estabelecimentos públicos devem ser 10% superiores à da iniciativa privada’’. Os detalhes sobre datas e horários dos apagões devem ser anunciados na sexta-feira pelo comitê que cuidará do problema. Compõem o comitê-executivo os ministros Pedro Parente (coordenador do grupo) e José Jorge (Minas e Energia, que coordenará o programa estratégico); o presidente da Itaipu, Euclides Scalco (que coordenará o programa de redução de consumo); e os secretários Edward Amadeo e José Guilherme, integrantes da equipe econômica (que irão avaliar as consequências na economia).
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