O chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, durante encontro com o superintendente do Grupo Folha de Comunicação, José Nicolás Mejía
O chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, durante encontro com o superintendente do Grupo Folha de Comunicação, José Nicolás Mejía | Foto: Sergio Ranalli

O governo do Paraná deverá divulgar, nesta sexta-feira (25), ações para a retomada econômica do Estado. Às 10 horas, na Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), o chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, se reúne com representantes da sociedade civil organizada para discutir meios de alavancar os setores mais prejudicados pela crise econômica resultante da pandemia da Covid-19. “Já identificamos que quem sofreu muito foi o pequeno empresário e começamos a construir algumas soluções para atender esse nicho da população”, disse Silva durante visita à FOLHA, nesta quinta-feira (24) .

Ao contrário do agronegócio, que não perdeu sua pujança durante a crise sanitária, e da indústria, que sofreu os reflexos das medidas restritivas impostas pela pandemia, mas já dá sinais de recuperação, os pequenos empresários, especialmente os que atuam no setor de festas e eventos e de bares e restaurantes, ainda não veem qualquer perspectiva de retomada.

Com a liberação de R$ 80,28 milhões, no início do mês, para apoiar financeiramente quase 125 mil empresas ativas, o governo estadual criou duas linhas de auxílio, uma no valor de R$ 500 para MEIs e outra ajuda de R$ 1 mil para empresas cadastradas no Simples Nacional. Até agora, mais de 30 mil empresas solicitaram a ajuda, mas Guto Silva afirma que a medida é válida para “dar um pouco de ar” aos empresários que, em poucos dias, viram sua fonte de renda secar e estão há mais de um ano sem poder retomar suas atividades da forma como trabalhavam antes da pandemia.

O chefe da Casa Civil reconhece que novos projetos são necessários para contribuir na geração de emprego e renda e fazer a economia do Estado girar. Para o setor de eventos, por exemplo, o governo desenha, em parceria com a Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos) um pacote de ações com base em uma pauta de reivindicações do próprio setor. O projeto deve ser apresentado à sociedade entre julho e agosto. “Vamos anunciar uma progressão do que vai abrir, com uma volta controlada. Queremos ter uma mesma linguagem, entre o governo e o setor”, disse Silva.

OBRAS

Acelerar a execução de obras, apontou o chefe da Casa Civil, seria um dos caminhos mais rápidos e eficazes para estimular a economia do Estado. Um dos projetos que detêm toda a atenção do governo do Paraná é o Casa Fácil, que em Londrina deverá construir mil unidades habitacionais. Outras obras na região também devem contribuir para a geração de emprego e renda, como a duplicação da PR-445, entre o distrito de Irerê e Mauá da Serra, e a execução dos viadutos da Bratislava e da PUC. O projeto da PUC foi entregue há 15 dias e está sendo revisado pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e as obras do viaduto da Bratislava já começaram e devem ser finalizadas em 2022.

O Estado avalia ainda o projeto de construção do viaduto do Grêmio, que deverá mudar de local. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) não aceitou o projeto apresentado pela concessionária, que previa a execução da obra no cruzamento com a avenida Angelina Ricci Vezozzo e agora, DER e prefeitura estudam um novo local para a transposição.

VACINAÇÃO

Guto Silva destacou ainda o processo de imunização, que é o meio mais eficaz de garantir a retomada de todas as atividades econômicas. Ainda há falhas nos registros e o governo tem solicitado aos prefeitos que agilizem o lançamento das doses aplicadas no sistema para que o número dos indicadores seja condizente com as doses aplicadas.

O Estado também tem se empenhado para que as doses não fiquem estocadas e que a distribuição das doses às regionais de saúde seja feita o quanto antes. Até este sábado (26), deve chegar um novo lote, com 500 mil vacinas, ao Paraná. “A nossa expectativa é essa. Que a vacinação ajude a despressurizar o sistema de saúde, mas ainda precisamos ficar muito atentos porque o índice de transmissibilidade é muito elevado ainda. Temos que nos manter vigilantes, atentos, fazer uso de máscara e manter o distanciamento porque o problema agrava com o inverno. Julho é um mês perigoso.”

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