G-20 sugere câmbio fixo ou livre para garantir estabilidade
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 25 de outubro de 2000
Das Agências De Montreal
Os países que, junto com a União Européia, formam o G-20, afirmaram ontem que tanto os regimes cambiais flutuantes quanto os totalmente fixos são os mais adequados para manter a estabilidade financeira mundial e sugeriram a adoção de um ou outro sistema cambial. A conclusão faz parte do comunicado oficial da reunião que foi encerrada ontem. A experiência dos últimos anos mostra que os países estão expostos a muito mais riscos quando escolhem regimes cambiais que não são apoiados por políticas macroeconômicas e estruturais adequadas.
Embora o G-20 não tenha demonstrado preferência por um regime flutuante ou fixo em seu comunicado, uma fonte do governo brasileiro afirmou que, entre os participantes, tendência era de maior suporte a regimes de câmbio livre.
Argentina A Argentina precisa renegociar o pagamento de sua dívida externa para reconquistar a confiança dos investidores internacionais, segundo o diretor-executivo da ONG Reinventando o Bretton Woods, Marc Uzan. A ONG de Uzan, que defende a abertura dos mercados, organizou um seminário sobre mercados financeiros paralelo à reunião do G-20.
O presidente da consultoria argentina Fundação Capital, Martin Redrado, admitiu que o peso do pagamento dos juros da dívida é grande. Mas não vejo necessidade de renegociar a dívida, disse. Há sempre o temor de que a tentativa de renegociar o pagamento de dívidas seja visto pelo mercado como um sinal de que o país não está disposto a cumprir suas obrigações externas.
Para Redrado, o custo da dívida está crescendo porque os papeis mais antigos estão vencendo e o país está pegando dinheiro mais caro no mercado internacional.