France Presse
De Paris
O ano passado foi considerado privilegiado, no agitado mundo de fusões e aquisições empresariais, com uma cifra recorde de negócios da ordem de 797 bilhões de dólares, 47% a mais que em 1998, segundo estudo da empresa KPMG Corporate Finance publicado ontem. O fenômeno, que ultrapassou fronteiras, acelerou-se na última década. Em 1990, o montante das transações chegava a 159 bilhões de dólares.
No período 1998-1999 esse número registrou um crescimento de 55%. Os Estados Unidos continuam sendo o alvo favorito das companhias estrangeiras, tendo atraído 37% dos investimentos mundiais em 1999, com uma cifra de 293 bilhões de dólares.
Os investimentos feitos na América Latina aumentaram 16%, passando de 32 bilhões e 700 milhões de dólares a 37 bilhões e 900 milhões de dólares. As três operações mais importantes realizadas nos Estados Unidos ano passado (protagonizadas por empresas britânicas) representaram 115 bilhões de dólares.
Só a compra da Airtouch pela Vodafone representou 69 bilhões e 300 milhões de dólares, a maior operação realizada em 1999 em todo o mundo. Os Estados Unidos vêm em segundo lugar como país comprador, atrás do Reino Unido, que conheceu um movimento excepcional de capital ano passado.
A Europa ocidental foi considerada a região mais ativa do mundo, com cerca de 2.800 operações avaliadas em 582 bilhões de dólares. A Ásia, pela primeira vez desde a crise que afetou a região em 1997, assistiu a um aumento das aquisições e fusões transnacionais, que chegaram a 48 bilhões de dólares.
Entre os setores que mais se destacaram ano passado em todo o mundo estão os serviços de correio e telecomunicações, com um total de 160 bilhões de dólares. Seguem os de farmácia e química (93 bilhões 050 milhões de dólares) e o setor de petróleo (75 bilhões 451 milhões de dólares).