O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) começou esta semana a nova fase da varredura contra o cancro cítrico no estado de São Paulo. Depois da operação no ano passado, que detectou cerca de quatro milhões de focos em 162 milhões de árvores, e além da nova inspeção realizada na mesma área no decorrer deste ano, a entidade decidiu ampliar sua área de atuação. Nos próximos 60 dias, serão inspecionados as 30 milhões (15% do total) de árvores restantes no estado, que ficaram de fora da primeira varredura. Parte delas, cerca de dois milhões de árvores, estão localizadas nas regiões de Ourinhos, Presidente Prudente e Assis, que antes não era coberta pelo Fundo.
Segundo a assessoria da entidade, além dos 900 técnicos que já estavam envolvidos na varredura, outras cem pessoas foram contratadas. Segundo levantamento do Fundecitrus, 0,27% dos talhões no estado tem a doença, que só pode ser combatida com a erradicação da planta. Este ano, o Fundecitrus detectou na primeira reinspeção 506 novos focos e 934 que ressurgiram. A expectativa é de que um milhão de árvores voltem a ser erradicadas, além dos dois milhões no ano passado.
A ocorrência de doenças no Estado de São Paulo indicando redução de safra pode refletir no mercado na próxima temporada. Embora essa hipótese seja reomta, produtores dos demais estados, isentos da doença, como o Paraná, acreditam numa melhoria de preços para os seus produtos.